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Maduro diz que massacre em Gaza é 'financiado e apoiado pelas elites imperialistas dos Estados Unidos'

Presidente da Venezuela classificou as ações de Israel como uma “guerra de extermínio” contra o povo palestino

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro (Foto: REUTERS/Manaure Quintero)

247 – O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, condenou com veemência as ações de Israel na Faixa de Gaza, classificando-as como uma “guerra de extermínio” contra o povo palestino. As declarações foram feitas nesta terça-feira (7), em vídeo publicado em seu canal no Telegram, e repercutidas pela RT Brasil.

Ao cumprirem-se dois anos do massacre atroz que devasta a Faixa de Gaza, continuamos a condenar veementemente esta guerra de extermínio perpetrada pelo Estado de Israel contra o povo palestino. O que estamos vendo não é uma guerra; é um genocídio à vista de todos”, afirmou Maduro.

Segundo o líder venezuelano, o massacre em curso “é financiado e apoiado pelas elites imperialistas dos Estados Unidos e seus cúmplices da extrema direita mundial”, responsáveis por armar e sustentar o que ele chamou de “um dos crimes mais horríveis já registrados”.

Críticas à impunidade e à violência israelense

Maduro também denunciou o que considera uma afronta à comunidade internacional, descrevendo as ações de Israel como uma demonstração de impunidade e poder desmedido.

É uma violação com efeito visual e uma mensagem inaceitável: ‘temos o poder militar e faremos o que quisermos’”, afirmou o presidente venezuelano, acrescentando que tal postura enfraquece o sistema internacional e os princípios básicos dos direitos humanos.

Defesa da Palestina e apelo por um Estado independente

Em seu pronunciamento, Maduro defendeu o direito do povo palestino à vida, à terra e à autodeterminação.

A Palestina tem direito à vida, à sua terra histórica e a um Estado independente, pleno e justo. Isso constitui o imperativo moral número um da humanidade”, disse.

O presidente também destacou que a paz verdadeira só será possível “com justiça e respeito à vida”, e reiterou o apoio “incondicional” de Caracas à causa palestina. Ele convocou uma união mundial para reconstruir a região e restaurar a justiça.

“Silenciar é ser cúmplice”

Encerrando seu discurso, Maduro fez um apelo direto à comunidade internacional:

Quem permanecer em silêncio hoje diante desta guerra de extermínio contra as crianças e todas as famílias do povo palestino será para sempre cúmplice de um dos crimes mais horríveis já registrados: o crime contra o direito do povo palestino à sua terra sagrada, à paz, à vida e à independência”, afirmou o presidente venezuelano.

Para Maduro, o momento exige uma resposta moral e política global. “Enquanto o projeto sionista agride brutalmente o mundo árabe, torna-se um dever urgente alcançar novos consensos para que se concretize uma paz verdadeira”, completou.

Contexto internacional

As declarações de Maduro ocorrem em meio à escalada das tensões no Oriente Médio, dois anos após o início da ofensiva israelense na Faixa de Gaza, em 7 de outubro de 2023. Desde então, milhares de civis palestinos foram mortos, segundo dados de organizações internacionais, e a crise humanitária na região continua a se agravar.

A posição da Venezuela reforça a divisão global em torno do conflito, com países como Estados Unidos — sob a liderança do presidente Donald Trump — mantendo apoio político e militar a Israel, enquanto diversas nações latino-americanas e árabes pedem uma resposta firme contra o que classificam como crimes de guerra.

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