Lula endurece discurso contra Israel e relação com estado sionista chega ao seu pior momento

247 - O Brasil e o estado sionista de Israel atravessam uma das piores crises diplomáticas de sua história, marcada por afastamentos sucessivos desde o retorno de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Palácio do Planalto. Embora a relação bilateral tenha sempre oscilado conforme o governo de cada época, o atual mandatário brasileiro consolidou-se como uma das vozes mais críticas ao genocídio perpetrado por Israel na Faixa de Gaza.

A guinada mais incisiva de Lula em defesa da causa palestina contrasta com o pragmatismo adotado em seus primeiros mandatos, quando buscava equilíbrio entre aproximação com Israel e o fortalecimento de laços com países árabes, aponta reportagem do jornal Folha de S.Paulo.

Apesar de encontros diplomáticos no inpicio do atual mandato do presidente Lula, como a reunião com o presidente israelense Isaac Herzog durante a COP28 em 2023, a relação azedou de vez em fevereiro de 2024, quando Lula comparou a ofensiva israelense em Gaza ao Holocausto. O gesto foi recebido como afronta em Tel Aviv, e Israel declarou o presidente brasileiro persona non grata.

Na sequência, o embaixador brasileiro em Israel, Frederico Meyer, foi chamado ao Museu do Holocausto para receber uma reprimenda pública. Brasília reagiu, convocando Meyer de volta e deixando vaga a embaixada em Tel Aviv. Israel também retirou sua indicação de embaixador em Brasília, após o Planalto segurar o aval para a nomeação de Gali Dagan. Desde então, os dois países estão sem representantes diplomáticos de alto nível.

As declarações de Lula, em que condenou Israel por cometer genocídio em Gaza inclusive em discurso na Assembleia-Geral da ONU, rejeitadas pelos sionistas, que tomam as acertadas afirmações como um “estímulo ao antissemitismo” e como parte de “uma tentativa de mostrar independência dos EUA e de se colocar como líder do Sul Global”, segundo André Lajst, presidente-executivo da ONG sonista  StandWithUs Brasil.

Os fatos demonstram que Lula é hoje um dos estadistas com posição mais solidária com o povo palestino e de condenação aos crimes do estado sionista.