247 - Um novo testemunho colocou ainda mais em xeque a posição do presidente da Argentina, Javier Milei, e de sua irmã, Karina Milei, no escândalo envolvendo a moeda digital $LIBRA. O caso foi descrito pela revista Forbes como "o maior roubo cripto da história".
De acordo com informações divulgadas pelo jornalista Gustavo Sylvestre no programa Minuto Uno, um vídeo comprovaria que Hayden Davis, cofundador da $LIBRA, afirmou ter controle sobre os irmãos Milei por meio de dinheiro. O conteúdo da gravação foi confirmado por Danny Nelson, editor da Coindesk, um dos principais veículos especializados em criptomoedas no mundo, informa a <a href="https://www.c5n.com/politica/un-nuevo-testimonio-compromete-aun-mas-javier-y-karina-milei-la-cripto-estafa-n192179">C5N</a>.
Segundo Nelson, Davis se apresentava como um intermediário influente no universo cripto argentino, oferecendo acesso direto ao governo a investidores que desejassem lançar projetos na Argentina. "Se queriam influência dentro do governo, precisavam negociar com ele e, possivelmente, pagar alguma quantia", afirmou o editor da Coindesk.
O editor ainda destacou que Davis chegou a dizer, em mensagens de texto, que enviava dinheiro diretamente para Karina Milei e, por consequência, conseguia controlar as decisões do presidente argentino. "Isso é exatamente o que Hayden Davis escreveu nas mensagens", reforçou Nelson.
Debate sobre a Libra no Congresso aponta para fraude financeira - O escândalo envolvendo a $LIBRA foi debatido na Câmara dos Deputados da Argentina, onde especialistas em criptomoedas classificaram a operação como uma "estafa". Durante uma audiência na Comissão de Informática e Comunicações, legisladores da União pela Pátria (UxP), da Coalizão Cívica e da Frente de Esquerda participaram das discussões.
A jornalista especializada Emilse Garzón apontou que a influência de Milei foi determinante para a valorização artificial da cripto Libra. "Esse tipo de fraude precisa de um personagem para inflacionar o valor de uma criptomoeda", explicou. Segundo ela, o lançamento da memecoin foi meticulosamente planejado desde abril do ano passado, quando foi anunciada a participação de Milei no Tech Forum realizado em outubro. "A presença do presidente foi fundamental para atrair um público que, muitas vezes, desconhece os riscos desse mercado", afirmou.
Já o programador e especialista em tecnologia Maximiliano Firtman classificou a operação como um "fraude financeira" conduzida por um grupo de "criptoladris", termo que faz referência a oportunistas com baixa credibilidade no setor.
Sobre o evento Tech Forum, Firtman ressaltou que "o problema não está no evento em si, mas na presença de Milei", uma vez que ele concedeu credibilidade a figuras ligadas a esquemas fraudulentos. Ele também destacou que o site oficial do projeto Libra foi criado pouco antes do presidente argentino promovê-lo em suas redes sociais. "O design do site era amador, um forte indício de que havia algo errado", observou.
Firtman alertou ainda que os idealizadores da cripto se apropriaram de uma quantidade muito maior de tokens do que o comum para projetos sérios, o que permitiu manipulação do mercado. Para ele, o debate sobre se Milei apenas divulgou ou promoveu o projeto é irrelevante. "Falando claramente, não vejo diferença entre divulgação e promoção. O fato é que ninguém conhecia esse endereço de contrato até que o presidente o revelou", concluiu o especialista.
O escândalo continua a repercutir na Argentina e no mercado internacional de criptomoedas, levantando questões sobre o papel de Javier e Karina Milei na promoção da Libra e suas possíveis implicações legais.

Guilherme Levorato

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América Latina

Novo testemunho liga Javier e Karina Milei a escândalo de criptofraude

247 - Deputados do bloco União pela Pátria apresentaram um projeto no Congresso argentino para que a secretária-geral da Presidência, Karina Milei, preste esclarecimentos sobre sua suposta participação em um escândalo relacionado ao mercado de criptomoedas, informa a <a href="https://www.c5n.com/politica/union-la-patria-presento-un-proyecto-que-karina-milei-explicaciones-el-congreso-el-escandalo-cripto-n192059">C5N</a>. O pedido ocorre após a publicação de mensagens vazadas que apontam a irmã do presidente Javier Milei como intermediária no pagamento de propinas em troca de reuniões com o mandatário.
A denúncia veio a público através do site especializado CoinDesk, uma das fontes mais respeitadas no setor de criptoativos. Segundo a reportagem, mensagens de Hayden Davis, fundador da empresa Kelsier Ventures e criador da criptomoeda $Libra, indicam que ele fazia pagamentos regulares a Karina Milei para garantir que suas demandas fossem atendidas pelo presidente argentino. Em uma dessas mensagens, Davis teria afirmado que "controlava" Milei por meio de repasses financeiros à irmã do chefe do Executivo.
A divulgação do material gerou forte repercussão na oposição, levando o deputado Juan Marino a apresentar uma moção formal exigindo que Karina Milei compareça ao Congresso. Em publicação nas redes sociais, Marino argumentou que as evidências apontam para a possível configuração dos crimes de corrupção passiva e tráfico de influência. O parlamentar também destacou que "a fraude da Libra não teria sido um caso isolado" e sugeriu que uma "organização criminosa" poderia estar operando dentro do governo argentino.
O projeto de convocação foi protocolado com caráter de urgência, embasado no artigo 71 da Constituição Nacional da Argentina e nos artigos 204 e seguintes do regimento da Câmara dos Deputados. Caso seja aprovada, Karina Milei terá que responder perante os parlamentares sobre as graves acusações que envolvem o seu nome e esclarecer seu eventual papel no escândalo financeiro.
O governo argentino ainda não se manifestou oficialmente sobre as denúncias, mas aliados do presidente já classificaram as alegações como "um ataque político". A investigação em torno das transações de criptomoedas continua, e o escândalo promete impactar diretamente a gestão Milei, que enfrenta desafios políticos e econômicos desde sua posse.

Karina Milei pode ser convocada ao Congresso para explicar suposto esquema de propinas no escândalo cripto

<a href="https://esrt.site/actualidad/516540-hermana-milei-va-embajada-francia-disculpas-villarruel">RT</a> - A secretária-geral da presidência da Argentina, Karina Milei, se reuniu com o embaixador da França em Buenos Aires, Romain Nadal, após as tensões geradas pelos cânticos racistas da seleção de futebol 'Albiceleste'.
Segundo informou o jornal La Nación, a irmã do presidente foi pedir desculpas pelas declarações da vice-presidenta, Victoria Villarruel, que qualificou a França como um "país colonialista" e defendeu os epítetos da equipe campeã da Copa América sobre a origem africana de vários integrantes do time francês.
Fontes da Casa Rosada disseram ao meio argentino que Karina Milei decidiu ir por iniciativa própria à sede diplomática para apresentar desculpas que "foram aceitas" pela representação francesa na Argentina.
A tentativa de minimizar as tensões ocorre uma semana antes da viagem do presidente Milei a Paris, onde ele assistirá à inauguração dos Jogos Olímpicos e se reunirá com seu homólogo francês, Emmanuel Macron.
O incidente também marca uma nova disputa interna dentro do governo libertário. Os comentários de Villarruel não foram consensuados com o restante do Executivo, e tampouco a visita da irmã do presidente à embaixada foi informada previamente ao entorno de Villarruel.
A vice-presidenta argentina se pronunciou nesta quarta-feira sobre as acusações de discriminação contra o jogador da seleção nacional Enzo Fernández, por parte da Federação Francesa de Futebol (FFF), devido aos cânticos racistas que faziam referência à origem africana de vários jogadores da equipe francesa.
Em uma mensagem publicada em sua conta na rede social X, Villarruel declarou: "A Argentina é um país soberano e livre. Nunca tivemos colônias nem cidadãos de segunda classe. Nunca impusemos a ninguém nosso modo de vida. Mas também não vamos tolerar que façam isso conosco".
E acrescentou: "Nenhum país colonialista vai nos intimidar por uma canção de torcida ou por dizer as verdades que não querem admitir. Chega de simular indignação, hipócritas".

Irmã de Milei pede desculpas à França por declarações da vice-presidente após caso de racismo da seleção argentina

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Novo testemunho liga Javier e Karina Milei a escândalo de criptofraude

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Irmã de Milei pede desculpas à França por declarações da vice-presidente após caso de racismo da seleção argentina

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