<p><b>247 - </b>O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ironizou nesta segunda-feira (6) a crise provocada pela contaminação de bebidas com metanol, que já deixou mortos no estado. Durante coletiva de imprensa, ao ser questionado sobre a gravidade dos casos, o governador afirmou: “No dia que começarem a falsificar Coca-Cola, eu vou me preocupar”, em tom de brincadeira.</p>
<p>As declarações foram registradas pelo portal Metrópoles, durante entrevista concedida após uma reunião do Gabinete de Crise criado pelo governo paulista para enfrentar o surto de intoxicação. O encontro reuniu representantes das secretarias de Saúde, Segurança Pública, Justiça e Cidadania, Desenvolvimento Econômico e Fazenda, além de executivos das principais fabricantes de bebidas, como Brown-Forman (Jack Daniel’s), Bacardi, Diageo (Johnnie Walker e Smirnoff), Pernod Ricard (Absolut) e Beam Suntory (Jim Beam).</p>
<h3>Governador ironiza falsificação em meio à tragédia</h3>
<p>Ao comentar a mobilização de empresas do setor para combater a falsificação, Tarcísio afirmou que o tema não faz parte do seu cotidiano. “Estavam aqui os fabricantes — todos os maiores players do Brasil. Fabricam as bebidas mais famosas, que são objeto de falsificação”, disse. Em seguida, &nbsp;completou: “Não vou me aventurar nessa área, porque não é minha praia. No dia que começarem a falsificar Coca-Cola, eu vou me preocupar. Ainda bem que ainda não chegaram a esse ponto.”</p>
<p>As falas do governador ocorreram em um momento de forte preocupação nacional. Desde o fim de setembro, o país enfrenta um surto de intoxicações por metanol, um composto químico altamente tóxico, usado de forma irregular na adulteração de bebidas alcoólicas.</p>
<h3>Casos e mortes em investigação</h3>
<p>Segundo o Ministério da Saúde, até domingo (5/10), o Brasil contabilizava 225 casos de intoxicação por metanol, entre confirmados e suspeitos, em 12 estados. Desses, 192 ocorreram em São Paulo, sendo 14 confirmados e 178 em análise. O estado também concentra nove mortes, duas delas na capital, duas em São Bernardo do Campo e uma em Cajuru, no interior paulista.</p>
<p>Apesar de o crime organizado ser uma das linhas de investigação da Polícia Federal, Tarcísio negou qualquer evidência de envolvimento do Primeiro Comando da Capital (PCC) nos casos. “Não há indícios que apontem nessa direção”, disse o governador.</p>

Redação Brasil 247

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Brasil

Tarcísio debocha após mortes por metanol em SP: “Quando falsificarem Coca-Cola, vou me preocupar”

<p><b>247</b> - A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Mariângela Batista Galvão Simão, revelou que o governo brasileiro identificou três potenciais fabricantes do Fomepizol, medicamento considerado o tratamento mais eficaz contra intoxicação por metanol. A declaração foi feita durante entrevista ao programa <i>Estúdio i</i>, da GloboNews, nesta sexta-feira (3).</p>
<p>Segundo informações do <a href="https://g1.globo.com/politica/blog/andreia-sadi/post/2025/10/03/nos-queremos-que-fabriquem-e-vamos-comprar-diz-secretaria-do-ministerio-da-saude-sobre-antidoto-para-intoxicacao-por-metanol.ghtml">g1</a>, um dos possíveis fornecedores é da Índia e outros dois estão nos Estados Unidos. A medida busca responder a uma emergência: até a tarde de ontem (2), o Brasil havia registrado 59 notificações relacionadas à intoxicação por metanol, sendo 11 confirmadas em análises laboratoriais.</p>
<h2><b>Antídoto escasso no mercado global</b></h2>
<p>O Fomepizol é considerado mais indicado que o etanol farmacêutico, usado atualmente nos hospitais brasileiros, mas sua disponibilidade é extremamente restrita. Trata-se de uma "droga órfã", de difícil acesso e não produzida em larga escala no mercado internacional.</p>
<p>Mariângela Simão destacou o esforço diplomático e regulatório para viabilizar a compra. “A gente já oficiou para esse produtor na Índia, e dois nos Estados Unidos. Então, do mundo inteiro, é isso que tem hoje. O Ministério está tomando as providências, porque nós queremos ter esse antídoto também no Brasil. Ainda não está disponível no mundo, mas a gente quer que fabriquem e nós vamos comprar”, afirmou a secretária.</p>
<h2><b>Ação imediata da Anvisa</b></h2>
<p>Diante da urgência, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) acionou órgãos reguladores de diferentes países para facilitar a importação do Fomepizol. A estratégia busca acelerar os trâmites burocráticos e garantir que o Brasil tenha acesso ao medicamento, considerado essencial para salvar vidas em casos graves de intoxicação.</p>

Otávio Rosso

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"Queremos que fabriquem e vamos comprar", diz secretária da Saúde sobre antídoto contra metanol

<p><b>247 - </b>O professor Gonzalo Vecina Neto fez um duro alerta durante participação no programa Boa Noite 247, ao comentar o escândalo das bebidas adulteradas com metanol que já provocou mortes em São Paulo. Ele declarou que não voltará a consumir destilados em bares até que se identifique e puna os responsáveis: “cada garrafa é uma sentença de morte”.</p>
<p>Segundo ele, o episódio expõe uma combinação criminosa que vai além do contrabando e da falsificação comuns no mercado ilegal de bebidas. Vecina afirmou que a gravidade está no uso deliberado de um solvente industrial altamente tóxico: “Quem fez a adição de metanol em whisky, gin e vodca … aí esses caras são os idiotas. Acho que são os idiotas, porque eu não conheço ninguém que mate o freguês”. Ele frisou que quem vendeu a substância para os falsificadores sabia dos riscos: “Esse é o criminoso que nós temos que achar”.</p>
<p>As investigações já confirmaram pelo menos duas mortes relacionadas ao consumo dessas bebidas em São Paulo. O Ministério da Justiça abriu inquérito para apurar a origem do metanol e sua distribuição em redes de bares e distribuidoras. A Polícia Federal também foi acionada para rastrear possíveis conexões do mercado clandestino com o crime organizado. Autoridades avaliam que milhares de garrafas adulteradas podem ainda estar em circulação.</p>
<p>Durante a entrevista, Vecina defendeu que consumidores adotem medidas de autoproteção imediata. “Enquanto isso … nada de bebidas destiladas em bar. Pode tomar um vinho e cerveja, mas destilados, caipirinha, essa acabou”, afirmou. Ele reforçou que o recado deve servir de pressão sobre estabelecimentos que compram de fornecedores clandestinos.</p>
<p>Dados recentes reforçam a gravidade do quadro: mais de um terço das bebidas alcoólicas vendidas no Brasil é proveniente de contrabando ou falsificação, o que facilita a entrada de produtos adulterados no mercado. O metanol, quando ingerido, é metabolizado em ácido fórmico, substância que pode causar perda irreversível da visão e até levar à morte em poucas horas. Especialistas recomendam que consumidores desconfiem de preços muito abaixo do mercado, lacres violados, rótulos com falhas de impressão ou ausência de lote e CNPJ.</p>
<p>Vecina destacou ainda que este é um momento para cobrar mais responsabilidade de empresários e autoridades, mas também para fortalecer a consciência coletiva. Ele afirmou que denunciar práticas ilegais não é “traição”, e sim um exercício de cidadania. “Nós não podemos aceitar atos que matam pessoas por ganância. Está na hora de dizer basta à impunidade”, concluiu. Assista:&nbsp;</p>
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Dafne Ashton

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Entrevistas

“Nada de destilados em bares até descobrirmos os responsáveis”, alerta Gonzalo Vecina

<p><b>247 - </b>O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou nesta sexta-feira (3) que a Casa vai acelerar a votação do projeto que aumenta as penas para crimes de falsificação de alimentos e bebidas, transformando-os em hediondos. </p>
<p>“Esse é um assunto que preocupa o Brasil. Foram casos que chocaram o país. Queremos, no mais rápido período de tempo, dar uma resposta”, disse Motta à CNN Brasil, de acordo com <a href="https://oglobo.globo.com/brasil/noticia/2025/10/03/apos-mortes-por-metanol-motta-diz-que-vai-votar-o-quanto-antes-projeto-que-aumenta-pena-para-falsificacao-de-bebidas.ghtml">O Globo</a>. O projeto ganhou tração em meio ao aumento dos casos de intoxicação provocados pelo consumo de bebidas adulteradas com metanol.</p>
<h2><b>Punições mais duras e fiscalização ampliada</b></h2>
<p>O deputado destacou que a proposta deve atingir tanto quem fabrica quanto quem comercializa os produtos ilegais. “Temos que avançar punindo quem comete a falsificação, mas também quem comercializa. Temos que ter multas bastante severas e fiscalização mais forte”, afirmou.</p>
<p>Segundo ele, a urgência do projeto já foi aprovada, e a intenção é indicar um relator até o fim de semana. “Estando pronto o relatório, eu levo de imediato da mesa para o plenário. Nós não vamos demorar em dar resposta. Quero o quanto antes poder levar essa matéria à pauta”, reforçou Motta, de acordo com a reportagem. </p>
<h2><b>Ministério da Saúde cria monitoramento especial</b></h2>
<p>O Ministério da Saúde anunciou a instalação de uma Sala de Situação para acompanhar os casos de intoxicação por metanol, a maioria registrada em São Paulo. Até agora, foram confirmados dez casos no estado, incluindo uma morte, enquanto outros cinco óbitos estão em investigação.</p>
<p>No total, desde agosto, o Brasil contabiliza 43 ocorrências, número considerado atípico. “A situação é diferente de tudo o que consta na nossa série histórica”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. A média anual é de cerca de 20 casos.</p>
<p>A crise levou à interdição de bares, mercados e distribuidoras, além da abertura de canais de denúncia pelo Procon-SP.</p>
<h2><b>Outras prioridades na Câmara</b></h2>
<p>Hugo Motta também destacou que a Câmara deve votar até o fim do ano a reforma administrativa, com foco em meritocracia e no combate a privilégios. “A reforma não vem para perseguir servidor público, mas para formatar. Temos que trazer a meritocracia, combater privilégios”, afirmou.</p>
<p>Na área de segurança pública, o presidente disse que pretende levar ao plenário ainda em 2025 a PEC da Segurança, além do Plano Nacional de Segurança e projetos que tratam do vínculo trabalhista de motoristas de aplicativos. Também citou a discussão sobre inteligência artificial como tema relevante para o Congresso.</p>
<p>Sobre a proposta de anistia a partidos políticos, Motta ressaltou que ainda não há texto definido: “Esse projeto nós aprovamos a urgência, designamos um relator que está conversando com todas as bancadas. Ainda não se tem um texto pronto. Quando o relator concluir o diálogo, ele deverá apresentar o texto e, a partir daí, discutiremos quando levar essa conversa à pauta”.</p>

Paulo Emilio

Metanol: Motta quer votar "o quanto antes" projeto que endurece penas por falsificação de bebidas

<p><b>247</b> - O governo federal anunciou nesta sexta-feira (3) que vai disponibilizar uma tecnologia avançada de rastreamento do metanol para os estados e o Distrito Federal. O método, apelidado de “DNA do metanol”, permitirá identificar a origem de bebidas adulteradas e fortalecer as investigações de saúde pública e segurança.</p>
<p>Segundo informações divulgadas pelo<a href="https://g1.globo.com/politica/noticia/2025/10/03/dna-do-metanol-governo-coloca-tecnologia-a-disposicao-de-estados-e-do-df-para-identificar-origem-do-produto.ghtml"> <i>g1</i></a>, o Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal (PF) será o responsável pelos exames de isótopos estáveis. Essa técnica é considerada de alta complexidade e possibilita diferenciar se o metanol encontrado em amostras contaminadas tem origem natural ou se foi adulterado com compostos industriais. O Ministério da Justiça ressaltou que esse tipo de análise “é crucial para detectar se o material é derivado de fontes naturais ou adulterado com compostos industriais”.</p>
<h2><b>Estrutura de cooperação nacional</b></h2>
<p>As ações fazem parte de um plano coordenado em parceria entre a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos (Senad), a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e a PF. A iniciativa prevê a ampliação da rede nacional de cooperação entre as Polícias Científicas, com foco no compartilhamento de dados de inteligência pericial. O objetivo é orientar ações conjuntas e fortalecer a resposta a crimes que colocam em risco a saúde da população.</p>
<h2><b>Transporte e análise de amostras suspeitas</b></h2>
<p>A Polícia Federal também será responsável pelo transporte de amostras de bebidas suspeitas até laboratórios de referência. Para isso, as 49 unidades de criminalística em todo o país funcionarão como pontos de coleta e entrada no sistema nacional de resposta pericial.</p>
<p>Além disso, o Ministério da Justiça vai oferecer suporte técnico aos estados, distribuindo padrões analíticos de metanol para as Polícias Científicas e capacitando peritos locais em exames químicos de alcoolemia. Entre as práticas ensinadas, estará a identificação de metabólitos de metanol em amostras biológicas, medida essencial para esclarecer casos de intoxicação.</p>
<h2><b>Verificação de embalagens e uso de epidemiologia forense</b></h2>
<p>O plano inclui ainda orientações para a inspeção de embalagens, rótulos e lacres de bebidas, além da aplicação de técnicas de Epidemiologia Forense. Essa ferramenta permitirá mapear geograficamente ocorrências de intoxicação ou mortes relacionadas ao consumo de produtos adulterados. A ideia é identificar padrões, estabelecer vínculos de causalidade e aprimorar a investigação de crimes que ameaçam a saúde pública.</p>

Governo oferece tecnologia para estados rastrearem “DNA do metanol” em bebidas adulteradas

<p><b>247 -</b> Um homem de 56 anos morreu na madrugada desta sexta-feira (3) em Feira de Santana, interior da Bahia, com suspeita de intoxicação por metanol. O paciente havia dado entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Queimadinha, mas não resistiu. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), amostras biológicas foram coletadas e enviadas para análise laboratorial. O laudo, segundo a <a href="https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/nordeste/ba/metanol-morte-com-suspeita-de-intoxicacao-e-investigada-na-bahia/">CNN Brasil</a>, deve ser divulgado em até sete dias.</p>
<h2>Alerta das autoridades de saúde</h2>
<p>A Sesab e a Secretaria Municipal de Saúde reforçaram que todas as unidades, públicas e privadas, devem manter atenção para sintomas compatíveis com intoxicação por metanol. O Ministério da Saúde já havia recomendado atenção especial e imediata notificação de casos suspeitos para acelerar investigações. Segundo as autoridades, equipes de vigilância estadual e municipal estão acompanhando a ocorrência em conjunto com a Secretaria da Segurança Pública da Bahia.</p>
<h2>Contexto nacional e medidas emergenciais</h2>
<p>A morte em Feira de Santana ocorre em meio a registros de casos suspeitos e confirmados de intoxicação por metanol em outros estados brasileiros. Por isso, o governo baiano convocou uma reunião emergencial para aprofundar a apuração e reforçar medidas preventivas.</p>
<p>A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) acionou organismos internacionais para garantir a importação de antídotos contra intoxicação por metanol, medida que deve ampliar a resposta do sistema de saúde em todo o país.</p>

Nordeste

Bahia investiga morte por suspeita de intoxicação por metanol

<p><b>247 - </b>O Governo de São Paulo interditou nove estabelecimentos até a tarde de quinta-feira (2) diante da escalada de casos de intoxicação por bebidas adulteradas com metanol. A ação contou com a atuação conjunta das Vigilâncias Sanitárias Estadual e Municipal, que identificaram irregularidades em bares e mercados. Segundo a<a href="https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/sudeste/sp/bebida-adulterada-com-metanol-nove-estabelecimentos-sao-interditados-em-sp/"> CNN Brasil</a>, cinco interdições ocorreram em bairros da capital — Bela Vista, Itaim Bibi, Jardins, Mooca e M’Boi Mirim — e outras quatro em cidades da Grande São Paulo: dois locais em Osasco, um em São Bernardo do Campo e um em Barueri.</p>
<h2>Prisões e apreensões crescem em São Paulo</h2>
<p>Até agora, o estado soma 24 prisões em 2025 relacionadas à venda de bebidas adulteradas. Entre os casos mais recentes está a detenção de duas mulheres em Dobrada, na região de Araraquara, com 162 garrafas de uísque falsificado, sem nota fiscal e com rótulos irregulares. Apenas nesta semana, mais de mil garrafas foram apreendidas em São Paulo e seguem para análise pericial.</p>
<h2>Ministério da Saúde confirma 59 casos suspeitos</h2>
<p>Ainda de acordo com a reportagem, o Ministério da Saúde informou que foram registradas 59 ocorrências suspeitas de intoxicação por metanol no Brasil, sendo 11 confirmadas em exames laboratoriais. Em São Paulo, uma morte já foi confirmada. Outras sete permanecem em investigação: duas em Pernambuco, nas cidades de João Alfredo e Lajedo; três na capital paulista; e duas em São Bernardo do Campo. A crise concentra-se em São Paulo, que registra 53 dos casos, seguido por Pernambuco (5) e Distrito Federal (1).</p>
<h2>Rapper Hungria internado em Brasília</h2>
<p>O cantor Gustavo da Hungria Neves, conhecido como Hungria Hip Hop, foi internado em Brasília no Hospital DF Star com sintomas compatíveis com intoxicação por metanol, como dores de cabeça, náuseas, vômitos, visão turva e acidose metabólica. De acordo com boletim médico, o artista está em acompanhamento clínico, mas fora de risco iminente. Após a repercussão do caso, a Polícia Civil interditou uma distribuidora e apreendeu garrafas de vodka suspeitas em um mercado da capital federal.</p>
<h2>Governo federal anuncia medidas emergenciais</h2>
<p>Diante da gravidade da situação, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, detalhou medidas emergenciais, incluindo a compra de antídotos específicos e a divulgação de novas orientações técnicas a profissionais de saúde em todo o país. O ministro enfatizou que o atendimento deve ser iniciado já na suspeita clínica. “Não precisa esperar uma confirmação laboratorial para começar a conduta indicada para o caso de intoxicação por metanol”, reforçou Padilha.</p>

Sudeste

SP fecha 9 locais após intoxicações por metanol

<p><b>247 - </b>Um homem de 49 anos morreu em casa, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, nesta terça-feira (30), após suspeita de intoxicação por metanol. Com esse caso, já são seis as mortes confirmadas em todo o estado. De acordo com a <a href="https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2025/10/sao-bernardo-confirma-mais-uma-morte-por-intoxicacao-com-metanol-total-no-estado-sobe-para-seis.shtml">Folha de S. Paulo</a>, a Prefeitura de São Bernardo recebeu 13 notificações de possíveis intoxicações. Uma delas foi confirmada e nove pessoas seguem internadas em hospitais públicos e privados do município.</p>
<h2>Mortes em série em São Bernardo</h2>
<p>A cidade concentra quatro mortes, todas de homens com idades entre 38 e 58 anos. As vítimas faleceram entre os dias 18 e 30 de setembro, em diferentes hospitais e também em residência.</p>
<p>Entre os hospitalizados, uma mulher de 30 anos permanece em estado grave na UTI do Hospital das Clínicas. Segundo médicos, ela já teve a contaminação confirmada e está sedada, submetida a hemodiálise.</p>
<h2>Investigações sobre as bebidas adulteradas</h2>
<p>A Secretaria de Saúde informou que os exames dos mortos estão sendo analisados pelo Instituto Médico Legal (IML). “A Vigilância Epidemiológica já está em contato com as famílias das vítimas e dos pacientes internados, a fim de identificar possíveis locais de consumo e áreas do entorno”, destacou a prefeitura em nota.</p>
<p>Um bar e lotes de bebidas foram interditados em São Bernardo e permanecerão fechados até o fim das investigações, em ação conjunta das vigilâncias municipais e estaduais.</p>
<h2>Ações do governo estadual</h2>
<p>Segundo o secretário da Saúde, Eleuses Paiva, foram registrados 22 casos suspeitos em São Paulo, sendo sete confirmados. Para conter a crise, três bares foram interditados e mais de cem garrafas apreendidas nos últimos dias foram enviadas à perícia.</p>
<h2>Riscos do metanol à saúde</h2>
<p>Altamente tóxico, o metanol atinge o fígado e pode provocar cegueira por danos ao nervo óptico. A designer de interiores Rhadarani Domingos foi uma das vítimas confirmadas, após consumir bebida contaminada.</p>

SP confirma sexta morte por bebidas adulteradas com metanol

<p><b>247 - </b>O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmou nesta terça-feira (30) que determinou que a Polícia Federal abra uma investigação para apurar a contaminação de bebidas alcoólicas com metanol em São Paulo. A decisão ocorre após mortes confirmadas e novos casos de intoxicação registrados no estado. Dados do Centro de Vigilância Sanitária (CVS) apontam que &nbsp;até a noite de segunda-feira (29) foram seis casos oficialmente confirmados de intoxicação, enquanto outros dez seguem em investigação. &nbsp;As informações são do <a href="https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2025/09/30/intoxicacao-por-metanol-pf-vai-investigar-contaminacao-de-bebidas-em-sao-paulo.ghtml">g1</a>.&nbsp;</p>
<h2>Jovens estão entre as vítimas</h2>
<p>Quatro jovens — dois homens e duas mulheres — passaram mal após consumir gin comprado em uma adega da Cidade Dutra, Zona Sul da capital. Um deles, Rafael dos Anjos Martins Silva, segue internado em estado grave há quase um mês.</p>
<p>De acordo com boletim de ocorrência, Rafael apresentou dores abdominais intensas, vômitos e chegou a perder a visão após ingerir a bebida. Sua mãe, Helena Martins, relatou ao Fantástico: “Ele está respirando pelo ventilador, não tem fluxo sanguíneo cerebral. Segundo a medicina, é irreversível”.</p>
<h2>Três mortes confirmadas e uma em apuração</h2>
<p>O governo estadual confirmou três mortes relacionadas à ingestão de bebidas adulteradas com metanol. As vítimas foram homens de 58, 54 e 45 anos. Outro caso, de um homem com histórico de alcoolismo crônico, está em análise</p>
<h2>Esquema de falsificação</h2>
<p>As investigações apontam que falsificadores adulteravam bebidas de marcas conhecidas, como gin e vodca, misturando-as com metanol. Não se sabe ainda em que etapa do processo ocorreu a contaminação — se na produção ou distribuição.</p>
<p>Na segunda-feira (29), uma força-tarefa formada pela Polícia, pelo CVS estadual e pela Coordenadoria de Vigilância em Saúde da prefeitura apreendeu 117 garrafas sem rótulo em bares da capital.</p>
<h2>O que é metanol e por que é perigoso</h2>
<p>O metanol é uma substância química usada na produção de solventes, tintas, plásticos e biodiesel. É altamente tóxico e não pode ser ingerido. Pequenas quantidades podem provocar náusea, convulsões, cegueira e até a morte.</p>
<p>A Secretaria da Saúde reforça que qualquer suspeita de intoxicação deve ser tratada como emergência médica. A população pode encontrar atendimento pelo Busca Saúde ou entrar em contato com o CCI-SP pelos telefones (11) 5012-5311 e 0800 771 3733.</p>
<h2>Possível ligação com o crime organizado</h2>
<p>A Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF) levanta suspeita de que o metanol usado para adulterar bebidas seja o mesmo importado ilegalmente por facções criminosas para adulteração de combustíveis.</p>
<p>Segundo a entidade, o fechamento de distribuidoras ligadas ao crime organizado pode ter levado ao desvio do produto para quadrilhas de falsificação de bebidas. “Ao ficar com tanques repletos de metanol lacrados e distribuidoras proibidas de operar, a facção e seus parceiros podem eventualmente ter revendido tal metanol a destilarias clandestinas e quadrilhas de falsificadores de bebidas, auferindo lucros milionários em detrimento da saúde dos consumidores”, informou em nota.</p>
<h2>Autoridades reforçam alerta</h2>
<p>O CVS orienta bares, restaurantes e comerciantes a reforçarem o controle de procedência das bebidas. A população também deve redobrar a atenção, adquirindo apenas produtos de estabelecimentos de confiança.</p>

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