Polícia Civil de SP encontra fábrica clandestina de bebidas que pode estar ligada a mortes por intoxicação por metanol
Fábrica ilegal de bebidas adulteradas com metanol foi descoberta em São Bernardo do Campo
247 - A Polícia Civil de São Paulo localizou, na sexta-feira (10), uma fábrica clandestina de bebidas alcoólicas em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, relacionada à morte de duas pessoas por intoxicação com metanol. A operação foi realizada após investigações sobre a adulteração de bebidas alcoólicas que causaram mortes no estado. A fábrica operava ilegalmente, adquirindo etanol de postos de gasolina e adulterando a substância com metanol, altamente tóxico. Este produto foi utilizado para adulterar bebidas como vodka, o que resultou em mortes.
Ação da Polícia Civil
Segundo o g1, a descoberta da fábrica ocorreu após investigações sobre os primeiros óbitos relacionados ao consumo de bebidas adulteradas. As vítimas consumiram vodka em um bar localizado na Zona Leste de São Paulo. Durante a operação, os investigadores localizaram os responsáveis pela produção das bebidas e, com mandados de busca e apreensão, desmantelaram a fábrica clandestina. A proprietária foi presa em flagrante por adulteração de bebidas e será autuada por falsificação e corrupção de substâncias. A pena para esses crimes pode variar de 4 a 8 anos de reclusão, além de multa.
Apreensão das bebidas e análises
Durante a diligência, a polícia apreendeu nove garrafas de bebidas — uma de gin e oito de vodka — em um bar na Mooca. Peritos realizaram análises nas bebidas e encontraram metanol em oito das garrafas, com concentrações que variavam entre 14,6% e 45,1%. O empresário Ricardo Lopes Mira, de 54 anos, foi uma das vítimas fatais. Ele consumiu a bebida no mesmo estabelecimento, o que levou à intensificação das investigações sobre a adulteração de bebidas alcoólicas no estado.
Impacto da operação e protocolo de segurança
A Polícia Civil de São Paulo segue com as investigações para identificar outras possíveis vítimas e desmantelar mais redes ilegais de produção de bebidas adulteradas. Além disso, a criação de protocolos de segurança para detectar a presença de metanol em bebidas está sendo discutida pelas autoridades, visando evitar novos casos de intoxicação e morte.


