Brasil exporta volume recorde de café à Rússia em outubro, com receita de quase R$ 400 milhões
Envios somaram US$ 74,4 milhões no mês, quase seis vezes mais que em setembro; Rússia sobe para 7º lugar entre maiores compradores do produto brasileiro
247 - As exportações brasileiras de café para a Rússia atingiram um recorde histórico em outubro, alcançando US$ 74,4 milhões (cerca de R$ 398 milhões), segundo cálculos divulgados pela Sputnik Brasil, com base em dados da alfândega brasileira. O valor representa um salto expressivo nas vendas externas e reforça o protagonismo do Brasil como maior produtor mundial de café.De acordo com os números citados pela agência, o montante exportado aumentou quase seis vezes em relação a setembro e 30% na comparação anual. Com esse avanço, a Rússia passou a ocupar a sétima posição entre os principais importadores do café brasileiro. A lista continua liderada pela Alemanha, que comprou US$ 267,3 milhões no período, seguida pelos Estados Unidos (US$ 140,2 milhões) e pela Itália (US$ 118,4 milhões).
Em volume físico, o movimento também foi significativo: as exportações cresceram 5,5 vezes em relação ao mês anterior. Porém, quando comparado ao mesmo período de 2024, houve leve retração de 2,5%, totalizando 11,8 mil toneladas enviadas. A queda anual é explicada pelo setor como reflexo direto da alta de 25% no preço do café arábica, variedade na qual o Brasil lidera a produção global.Apesar da redução anual em volume, o desempenho financeiro tem sido robusto. Desde janeiro, empresas russas já adquiriram 57,7 mil toneladas de café brasileiro, pagando US$ 362,4 milhões — valor bastante superior aos US$ 211,8 milhões registrados no mesmo intervalo do ano passado.
O cenário confirma a tendência de diversificação geográfica das exportações brasileiras e o fortalecimento das relações comerciais entre Brasil e Rússia, especialmente em setores agroindustriais. No entanto, analistas destacam que a volatilidade dos preços internacionais e a oscilação cambial continuam sendo fatores que podem influenciar o comportamento do mercado nos próximos meses.
Com a demanda russa aquecida e preços internacionais em alta, produtores brasileiros buscam aproveitar o momento favorável, ao mesmo tempo em que monitoram a oferta global e as condições climáticas que podem impactar futuras safras.



