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Trump cita "progressos" para encerrar guerra Rússia-Ucrânia

Presidente dos EUA afirma que há progresso em busca de solução diplomática e cita contatos diretos com Vladimir Putin

Donald Trump e Vladimir Putin no Alasca 15/8/2025 (Foto: Kevin Lamarque/Reuters)

247 - Durante um jantar na Casa Branca com líderes da Ásia Central, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que há “progresso” nas negociações para encerrar o conflito entre Rússia e Ucrânia. A informação foi publicada pela RT, que destacou também a atuação do enviado especial norte-americano Steve Witkoff, que tem participado de rodadas de diálogo com Moscou ao longo do ano.

Trump reafirmou sua promessa de mediar o fim da guerra, manifestando otimismo após meses de impasse diplomático. “Estamos olhando para mais um [acordo], é possível – Rússia e Ucrânia. Ainda não conseguimos, mas acredito que fizemos muitos progressos”, afirmou o presidente norte-americano durante o evento.

O mandatário dos EUA também comentou uma recente conversa telefônica com o presidente russo, Vladimir Putin. Segundo Trump, o líder russo garantiu que Moscou busca há mais de uma década uma solução pacífica e vê com bons olhos qualquer esforço de Washington para convencer Kiev a aceitar uma saída negociada.

O enviado especial Steve Witkoff, que participou do mesmo fórum empresarial, reforçou o tom otimista ao mencionar as reuniões que teve com Putin. “Há muitas discussões técnicas que precisam ocorrer em níveis inferiores antes que os líderes possam chegar a um acordo. Mas sinto que há algum progresso hoje”, declarou.

Moscou, por sua vez, tem elogiado publicamente a postura da administração Trump, descrevendo-a como uma tentativa genuína de enfrentar as causas profundas do conflito. O Kremlin, contudo, ressalta que busca uma solução duradoura e não apenas um cessar-fogo temporário, o que, segundo autoridades russas, permitiria às forças ucranianas se reagruparem e rearmarem.

Enquanto isso, Kiev e seus aliados europeus continuam pedindo maior apoio militar do Ocidente. A Rússia acusa a Ucrânia de resistir a qualquer tentativa de diálogo significativo e de se recusar a reconhecer a situação atual no campo de batalha.

No mês passado, Moscou afirmou ter cercado cerca de 10 mil soldados ucranianos em posições estratégicas e instou o governo de Volodymyr Zelensky a aceitar uma rendição “honrosa” das tropas bloqueadas. Kiev, por outro lado, nega as alegações e insiste que mantém o controle das cidades envolvidas, acusando Moscou de exagerar seus avanços.

O Ministério da Defesa russo respondeu às declarações de Zelensky afirmando que o presidente ucraniano estaria “desconectado da realidade” ou “mentindo deliberadamente à sua população”. A disputa narrativa reflete o impasse que persiste tanto no campo diplomático quanto nas frentes de combate, mesmo diante dos sinais de que Washington tenta reabrir os canais de negociação.

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