Nathalia Urban por Milenna Saraiva

Esta seção é dedicada à memória da jornalista Nathalia Urban, internacionalista e pioneira do Sul Global

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Attuch: "ou se está com o Sul Global ou com o genocídio"

O editor do Brasil 247 também afirmou que os integrantes da Flotilha da Liberdade são “heróis da humanidade”

Leonardo Attuch (Foto: Divulgação / Brasil 247)

247 – Durante o evento “China, América Latina e Caribe no reordenamento global”, organizado pela Flacso (Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais) e realizado no BNDES, no Rio de Janeiro, nos dias 2 e 3 de outubro, o jornalista Leonardo Attuch afirmou que a humanidade enfrenta uma encruzilhada histórica. “Ou você está com o Sul Global ou você está com o genocídio. Não existe alternativa, não existe meio termo”, declarou.

A fala, registrada em vídeo no canal da TV 247 no YouTube (assista aqui), destacou a centralidade do Sul Global na luta pela paz mundial. Para Attuch, acadêmicos, formuladores de políticas públicas e cidadãos engajados devem se orgulhar de atuar como “pioneiros da paz mundial”.

Defesa da paz e homenagem à Flotilha da Liberdade

Em sua intervenção, Attuch homenageou os mais de 470 integrantes da Flotilha da Liberdade, sequestrados por Israel, entre eles a deputada Luisiane Lins e o ativista Thiago Ávila. “A meu ver, são heróis da humanidade, presos como terroristas apenas por tentarem levar ajuda humanitária”, afirmou. Para o jornalista, essas pessoas simbolizam a luta do Sul Global contra práticas de violência e exclusão.

Attuch relatou ainda sua experiência recente na China, onde entrevistou a presidenta do Novo Banco de Desenvolvimento, Dilma Rousseff, e visitou diversos meios de comunicação locais. “Enquanto no Ocidente os meios de comunicação criam conflito, na China eles constroem consenso e harmonia social. A comunicação privada sempre é cooptada por interesses particulares”, disse.

O jornalista também destacou que o Brasil 247 mantém cooperação editorial com veículos chineses como o Global Times, a Xinhua e o Diário do Povo, além de organizar eventos conjuntos durante a cúpula do Brics no Rio de Janeiro. Segundo Attuch, essas iniciativas fazem parte de um movimento mais amplo de integração cultural, ideológica e comunicacional entre a China e a América Latina.

Civilização ou barbárie

Attuch afirmou que a defesa do Sul Global se tornou um compromisso pessoal. “Cobertura de Brics para mim virou a minha Copa do Mundo. Eu pretendo cobrir todas as cúpulas e encontros internacionais que tratem desse eixo civilizatório”, disse.

Encerrando sua participação no encontro promovido pela Flacso, ele reiterou: “Nosso papel ao defender o Sul Global é se colocar nessa bifurcação entre a civilização e a barbárie. Essa é a grande luta existencial do nosso tempo”. Assista:

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