Gleisi sobre o PL Antifacção: ‘designar Derrite como relator contamina o debate’
Conforme destacou a ministra, “a indicação do relator da matéria é prerrogativa do presidente da Câmara”
247 - A ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann, criticou nesta sexta-feira (7) a escolha de Guilherme Derrite como relator do Projeto de Lei 5582/25, conhecido como PL Antifacção, enviado pelo governo federal ao Congresso.
Em postagem publicada na rede social X, a titular da SRI afirmou que “a indicação do relator da matéria é prerrogativa do presidente da Câmara”, Hugo Motta (Republicanos-PB). “A opção pelo Secretário de Segurança do governador Tarcísio de Freitas contamina o debate com os objetivos eleitoreiros de seu campo político”, escreveu Gleisi.
“O governo do presidente @LulaOficial enviou ao Legislativo o Projeto de Lei Antifacção Criminosa na expectativa de um debate consequente sobre o combate ao crime organizado, como exige a sociedade brasileira. Seguiremos trabalhando no Congresso para que prevaleça o interesse público e seja resguardada a soberania nacional", acrescentou a ministra.
O governo federal encaminhou o projeto após ação policial mais letal da história do estado do Rio de Janeiro, onde 121 pessoas morreram no último dia 28 nos complexos da Penha e Alemão, zona norte da capital fluminense. A Organização das Nações Unidas (ONU) e entidades que atuam na área de direitos humanos repudiaram a chacina policial.
No Congresso Nacional brasileiro foi instalada a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado, formada por 11 senadores titulares e 7 suplentes. Os senadores Fabiano Contarato e Alessandro Vieira (MDB-SE) são o presidente e o relator da CPI.
O governo do presidente Lula anunciou a criação de um escritório emergencial para coordenar ações de combate ao crime organizado no Rio de Janeiro.


