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      Eduardo Leite é alvo de pedido de investigação sobre instalação de quadra de beach tennis em residência oficial

      Felipe Camozzato (Novo) acionou o TCE e questiona suposto uso indevido de recursos públicos; governo gaúcho afirma que obra tem caráter institucional

      Eduardo Leite (Foto: Felipe Dalla Valle / Palácio Piratini)

      247 - O deputado estadual Felipe Camozzato (Novo) protocolou um pedido de investigação contra o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), após vir a público a construção de uma quadra de beach tennis no Palácio das Hortênsias, residência oficial do Executivo gaúcho em Canela, na Serra. A informação é do Correio do Povo.

      O parlamentar alega possível mau uso de recursos públicos e apresentou representação ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), além de um pedido de informações ao governo. Em vídeo publicado em suas redes sociais, Camozzato afirmou que a licitação ocorreu em 26 de maio de 2025, sem disputa, para aquisição de materiais como areia lavada, brita e manta bidim, com custo total de R$ 19.252,92. Segundo o deputado, o processo precisa ser investigado para esclarecer se a obra realmente atende ao interesse público ou se serviu apenas “ao deleite pessoal” de autoridades e seus familiares.

      Na representação, o parlamentar pede a abertura de um procedimento investigatório para apurar:

      •  quem foi o responsável pela licitação;
      •  quais as razões de interesse público que justificaram a obra;
      •  e, se necessário, a responsabilização de agentes públicos.

      Camozzato também cobrou que o Executivo confirme a execução da obra, informe a empresa responsável, o valor final pago e publique a motivação administrativa que embasou a decisão.

      Governo nega caráter privado da obra

      Em nota, o governo do Estado rebateu as críticas, afirmando que o Palácio das Hortênsias é um espaço institucional, utilizado em agendas oficiais, reuniões de trabalho e recepção de autoridades.

      Segundo o Executivo, a quadra não é de uso privado, mas uma benfeitoria permanente, incorporada ao patrimônio público. “No imóvel, foi realizada a qualificação de um espaço ao lado da quadra de tênis existente, resultando em uma nova área de prática esportiva. A benfeitoria é permanente, incorporada ao patrimônio público, preservando sua função de apoio às atividades realizadas no local. Todas as informações sobre a obra estão devidamente registradas e disponíveis”, diz o texto.

      O governo ainda argumenta que foi justamente com base nos registros oficiais que Camozzato obteve acesso aos dados e classificou como inadequado o uso do termo “denúncia”.

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