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Vídeo revela agressão a Luiz Fernando Pacheco antes de sua morte

Imagens de segurança mostram ataque em Higienópolis. Polícia investiga hipótese de latrocínio

Luiz Fernando Pacheco (Foto: Reprodução/YouTube/#ProgramaDiferente)

247 - Um vídeo de câmeras de segurança registrou o momento em que o advogado Luiz Fernando Pacheco, de 51 anos, foi agredido na região central de São Paulo. Ele havia desaparecido na noite de terça-feira (30) e foi encontrado morto na quinta-feira (2), após 36 horas sem dar notícias a familiares e amigos.

Segundo a Folha de S. Paulo, as imagens mostram Pacheco sendo abordado em uma esquina da rua Itambé, em Higienópolis. Um homem tenta tomar o celular do advogado, que reage. Durante a ação, uma mulher acompanha de perto. Em seguida, o agressor desfere um soco contra a cabeça da vítima. Um amigo de Pacheco confirmou que se tratava do advogado no vídeo.

Investigação e primeiros socorros

Segundo o boletim de ocorrência, a Polícia Militar e o Samu foram acionados no início da madrugada de quarta-feira (1º). Quando chegaram ao local, encontraram um homem caído, desacordado, recebendo atendimento de emergência. Uma testemunha relatou aos policiais que viu “um homem passando mal, convulsionando e com dificuldade de respirar”, o que motivou o pedido de socorro.

O advogado foi levado de ambulância ao Pronto-Socorro da Santa Casa de Misericórdia, mas não resistiu e morreu às 1h40 de quarta-feira. Ele estava sem documentos, e sua identificação só foi confirmada no dia seguinte por meio de exame de digitais realizado pelo Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt.

Trajetória na advocacia

Luiz Fernando Pacheco construiu uma carreira de mais de duas décadas na área criminal. Em 1994, iniciou sua atuação no escritório do ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, tornando-se sócio seis anos depois. Ganhou notoriedade nacional ao comandar a defesa do ex-presidente do PT José Genoino no julgamento do mensalão.

Também foi um dos fundadores do grupo Prerrogativas, formado por advogados em defesa do Estado de Direito e da democracia. O coletivo lamentou a perda em nota pública.

A polícia segue investigando o caso, e a principal linha de apuração é de que Pacheco tenha sido vítima de latrocínio, crime de roubo seguido de morte.

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