"Perda irreparável", diz Marco Aurélio de Carvalho sobre morte de Luiz Fernando Pacheco

247 - O advogado criminalista Luiz Fernando Pacheco, de 51 anos, morreu nesta quinta-feira (2) em São Paulo. O jurista foi encontrado desacordado em uma rua do bairro de Higienópolis, chegou a ser socorrido pelo Samu e levado ao Pronto-Socorro da Santa Casa, mas não resistiu. O caso foi registrado como morte súbita pelo 78º Distrito Policial.

Pacheco era um dos fundadores do Grupo Prerrogativas, coletivo de juristas progressistas que ganhou destaque nacional na defesa das prerrogativas da advocacia e em atuações de relevância política e social. A notícia da morte causou forte comoção entre colegas e instituições do meio jurídico.

O advogado e coordenador do Prerrogativas, Marco Aurélio de Carvalho, lamentou profundamente a perda do colega e destacou ao Brasil 247 sua importância para a advocacia brasileira. “É uma grande perda, uma perda irreparável para a advocacia e para a sociedade brasileira. É um dos sócios-fundadores do Grupo Prerrogativas, um dos advogados mais qualificados, preparados, solidários e mais generosos do país. Realmente é uma perda irreparável. Estamos apurando as circunstâncias da morte e, em breve, organizaremos uma necessária e merecida homenagem”, afirmou.

Com mais de 30 anos de carreira, Luiz Fernando Pacheco atuou em casos de grande repercussão, entre eles a defesa do ex-deputado federal José Genoino (PT) no escândalo do mensalão. Ele iniciou sua trajetória no escritório do ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, onde se tornou sócio, e em 2013 fundou o próprio escritório, especializado em direito penal.

Além da advocacia privada, Pacheco também ocupava cargos de relevância institucional. Foi presidente da Comissão de Direitos e Prerrogativas da OAB-SP, conselheiro estadual da entidade, vice-presidente do Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD) e membro do Conselho Nacional Antidrogas da Presidência da República.