Luiz Fernando Pacheco pode ter sido vítima de latrocínio, diz investigação
Advogado fundador do Grupo Prerrogativas foi encontrado morto em uma rua do bairro Higienópolis, em São Paulo
247 - O advogado criminalista Luiz Fernando Pacheco, de 55 anos, foi encontrado morto na madrugada desta quarta-feira (1º) em Higienópolis, região central de São Paulo. Sócio-fundador do Grupo Prerrogativas e conhecido por ter defendido o ex-deputado José Genoino durante o julgamento do Mensalão, Pacheco teria sido agredido após reagir a um assalto.
Segundo informações do jornal O Globo, imagens de câmeras de segurança mostram o advogado sendo abordado por um homem e uma mulher. Na tentativa de tomar seus pertences, Pacheco teria reagido, o que levou os suspeitos a agredi-lo. Eles fugiram levando o celular, a carteira e o relógio da vítima.
Dinâmica do crime
De acordo com o boletim de ocorrência, um transeunte encontrou o advogado caído na Rua Itambé, no bairro da Consolação, e acionou a polícia. Agentes constataram que ele não se movia e chamaram o Samu, que o encaminhou ao pronto-socorro da Santa Casa de Misericórdia. O óbito foi confirmado por volta de 1h40.
A Secretaria de Segurança Pública informou que Pacheco estava desaparecido desde 30 de setembro, com registro oficial feito pela família no mesmo dia. As autoridades aguardam a conclusão de laudos periciais para esclarecer as circunstâncias exatas da morte.
Mensagem enigmática no WhatsApp
O caso ganhou contornos de mistério por conta de uma mensagem enviada por Pacheco em um grupo de WhatsApp do Prerrogativas na noite de seu desaparecimento. Pouco depois da meia-noite, ele escreveu que havia bebido em um bar e se sentia mal. Em seguida, digitou: “Desculpe os erros, tomei metanol”. A mensagem foi apagada logo após o envio, mas chamou a atenção de colegas e amigos, que acreditam tratar-se de uma brincadeira.
Repercussão no meio jurídico
A morte de Luiz Fernando Pacheco causou grande comoção entre advogados e juristas. Reconhecido por sua atuação firme em defesa das garantias constitucionais, ele era uma figura respeitada dentro e fora dos tribunais. Integrantes do Grupo Prerrogativas lamentaram publicamente a perda e pediram agilidade nas investigações.
Investigações em andamento
A Polícia Civil de São Paulo trata o caso como latrocínio — roubo seguido de morte. As imagens de câmeras de segurança e os depoimentos de testemunhas serão fundamentais para identificar os autores do crime.