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      Tarcísio critica Enel e defende que contrato não seja renovado

      Governador de SP afirma que distribuidora não investe na rede elétrica e cobra mais automação para evitar novos apagões em São Paulo

      Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas 09/08/2024 (Foto: REUTERS/Carla Carniel)
      Paulo Emilio avatar
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      247 - O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), voltou a criticar duramente a atuação da Enel Distribuição São Paulo, responsável pelo fornecimento de energia elétrica em parte da Região Metropolitana, incluindo a capital. Tarcísio afirmou que a empresa “não faz os investimentos necessários” e que, se a concessão dependesse do governo estadual, o contrato não seria renovado. Atualmente, a concessão é de competência federal.

      “Ao longo do tempo, a gente viu o seguinte: a empresa não faz os investimentos necessários. Por quê? Porque aquilo não vai ser reconhecido na tarifa. E, como não é reconhecido na tarifa, a empresa não faz o investimento. É uma empresa geradora de receita, mas que não faz os investimentos necessários”, disse o governador, ao ser questionado se a concessionária estaria preparada para a próxima temporada de chuvas, durante um fórum promovido pela revista Veja nesta segunda-feira (18)de acordo com o jornal O Globo.

      A Enel atende 24 municípios da Grande São Paulo e cerca de 7,1 milhões de clientes, o que representa aproximadamente 18 milhões de pessoas. O contrato de concessão com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vence em 2028, com possibilidade de prorrogação por mais 30 anos.

      O desempenho da empresa tem sido alvo de críticas após episódios recorrentes de apagões. Em outubro de 2024, fortes tempestades deixaram 2,1 milhões de clientes sem energia, alguns deles por mais de uma semana. Tarcísio ressaltou que o contrato é antigo, com indicadores de desempenho que considera insuficientes, como o tempo médio sem energia e o número médio de interrupções.

      “A velocidade de recomposição de uma rede, a velocidade de restabelecimento de energia, está intimamente ligada ao nível de automação que essa rede tem. E aí eu estou falando de investimento. Se eu fosse poder concedente, não prorrogaria o contrato”, declarou. Ele também defendeu a divisão da concessão em duas áreas para reduzir a concentração do serviço.

      Durante o evento, o governador destacou que o estado encerrou o primeiro semestre de 2025 com R$ 354 bilhões em investimentos contratados em concessões de infraestrutura, acima da meta inicial de R$ 250 bilhões até o fim do mandato.

      Entre as iniciativas, citou a privatização da Sabesp, concluída em julho de 2024, que, segundo ele, já trouxe resultados positivos. “A empresa investia de R$ 3 bilhões a R$ 4 bilhões por ano e, neste ano, já investiu R$ 7 bilhões, realizou 410 mil ligações de água e 529 mil de esgoto”, afirmou.

      O fórum contou ainda com a participação do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, que reforçou a posição do governo federal em ampliar a parceria com a iniciativa privada. Segundo ele, em 2026 o país deverá avançar na concessão de hidrovias, incluindo os rios Paraguai, Tocantins, Madeira e São Francisco.

      “O Brasil perdeu muitos anos ao não priorizar as concessões hidroviárias”, declarou o ministro, ressaltando que o modal pode reduzir em até 40% os custos logísticos em comparação ao transporte rodoviário.

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