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      Quase 400 e-mails reforçam acusação contra executivos da Ultrafarma e Fast Shop por esquema de benefícios fiscais

      Mensagens trocadas com auditor da Receita Estadual detalham supostos crimes que levaram à prisão de executivos das duas empresas

      Sidney Oliveira, dono da Ultrafarma (Foto: Ultrafarma/Divulgação)
      Guilherme Levorato avatar
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      247 - A decisão da Justiça Federal de decretar a prisão de Sidney Oliveira, fundador da Ultrafarma, e de Márcio Gomes, diretor da Fast Shop, baseia-se em um volumoso conjunto de provas documentais. Segundo revelou o Valor Econômico, as investigações reuniram quase 400 e-mails trocados entre executivos das empresas e o auditor fiscal da Receita Estadual Arthur da Silva Neto, apontado como peça-chave no esquema de concessão irregular de benefícios fiscais.

      Conforme a decisão judicial, apenas em 2024 foram identificadas 174 mensagens na caixa de e-mail de Silva Neto tratando de vantagens tributárias concedidas à rede de farmácias de Oliveira. O material indica que o auditor não apenas orientava sobre pedidos de ressarcimento de créditos de ICMS-ST, como também organizava documentos para envio à Secretaria da Fazenda (Sefaz), acelerava a análise de solicitações e, em alguns casos, assinava a aprovação dos benefícios.

      "Os serviços que o auditor presta para a Ultrafarma guardam estreita semelhança com aqueles concedidos à Fast Shop", descreve a decisão.

      As investigações apontam que Sidney Oliveira era copiado com frequência nas conversas entre a equipe fiscal da Ultrafarma e o auditor, o que, para o Ministério Público, demonstra sua plena ciência do esquema. No pedido de prisão, o MP sustenta que o dono da rede supervisionava tudo o que está ocorrendo, a fim de verificar se o acordo criminoso estava sendo efetivado.

      No caso da Fast Shop, Márcio Gomes é identificado como o articulador central das negociações ilícitas. A Justiça afirma que ele conduziu o contrato com a Smart Tax — empresa de contabilidade envolvida no suposto esquema — que previa o pagamento de propina a Silva Neto. Entre 2022 e 2024, mais de 200 e-mails teriam sido trocados entre Gomes e o auditor sobre esses serviços considerados ilegais.

      A Polícia Federal e o Ministério Público devem detalhar o caso em coletiva de imprensa marcada para esta terça-feira (12) em São Paulo, quando novas informações poderão vir à tona sobre o alcance das fraudes e o envolvimento de outros possíveis investigados.

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