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      Fiscal acusado de operar esquema com Ultrafarma e Fast Shop guardava esmeraldas e dinheiro vivo

      Operação do MPSP aponta que auditor arrecadou R$ 1 bilhão em propina desde 2021 para favorecer empresas em processos tributários

      Sede do Ministério Público do Estado de São Paulo (Foto: Divulgação/MP-SP)
      Guilherme Levorato avatar
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      247 - Uma operação do Ministério Público de São Paulo (MPSP) prendeu, na manhã desta terça-feira (12), o empresário Sidney Oliveira, proprietário da Ultrafarma, e Mário Otávio Gomes, diretor estatutário da Fast Shop, sob a acusação de participação em um esquema de corrupção que beneficiava empresas em processos tributários, informa o Metrópoles.

      No centro das investigações está o auditor fiscal Artur Gomes da Silva Neto, supervisor da Diretoria de Fiscalização (DIFIS) da Secretaria da Fazenda de São Paulo, que também foi preso. Na residência de Artur, os agentes apreenderam pacotes de esmeraldas e grandes quantias em dinheiro vivo. De acordo com o MPSP, ele seria o responsável por operacionalizar o esquema por meio de uma empresa registrada em nome de sua mãe, usada para receber as propinas.

      Propina milionária e manipulação de processos

      As investigações apontam que, desde pelo menos 2021, Artur Gomes arrecadou cerca de R$ 1 bilhão em propina. Em troca, manipulava processos administrativos para facilitar a quitação de créditos tributários de empresas, incluindo a Ultrafarma e a Fast Shop, que assim deixavam de recolher valores devidos ao Estado de São Paulo.

      Sidney Oliveira foi detido em uma chácara em Santa Isabel, na região metropolitana da capital paulista. Além das prisões, os promotores cumpriram mandados de busca e apreensão em endereços residenciais e comerciais ligados aos investigados.

      Reação da Secretaria da Fazenda

      Em nota oficial, a Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo (Sefaz-SP) informou ter instaurado procedimento administrativo para apurar a conduta do servidor e solicitou ao MPSP o compartilhamento das informações do caso. O órgão destacou que está à disposição das autoridades e que sua corregedoria acompanhará todos os desdobramentos.

      Segundo o comunicado, “a administração fazendária reitera seu compromisso com os valores éticos e justiça fiscal, repudiando qualquer ato ou conduta ilícita, comprometendo-se com a apuração de desvios eventualmente praticados, nos estritos termos da lei, promovendo uma ampla revisão de processos, protocolos e normatização relacionadas ao tema”.

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