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Correia: 'Bolsonaro continuará atrapalhando o julgamento da trama golpista enquanto medidas cautelares não forem tomadas'

O deputado do PT fez referência a uma ligação do ex-mandatário para o senador Hamilton Mourão

Rogério Correia (Foto: Kayo Magalhaes / Agência Câmara)

247 - O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) comentou sobre o inquérito da trama golpista e afirmou nesta quinta-feira (29) que Jair Bolsonaro (PL) “vai continuar atrapalhando o julgamento enquanto medidas cautelares não forem tomadas”. O parlamentar citou a ligação feita por Bolsonaro ao senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS). Políticos do campo progressista sugerem tentativa de obstrução nas investigações.

”Já pedi tornozeleira eletrônica e que ele seja impedido de se aproximar de embaixadas ou sair de Brasília. Não sendo suficiente, nos resta pedir a prisão”, escreveu Correia na rede social X.

O Supremo Tribunal Federal já tornou Bolsonaro réu no inquérito da trama golpista. Somadas, as possíveis penas para os cinco crimes atribuídos pela Procuradoria-Geral da República ao ex-mandatário chegam perto dos 40 anos de prisão.

A PGR apontou cinco ilegalidades de Bolsonaro - golpe de Estado; organização criminosa armada; tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, e Deterioração de patrimônio tombado.

Além da investigação sobre o plano ilegal, os atos golpistas do 8 de janeiro de 2023 fizeram parte de uma apuração mais ampla, que foi a da trama em favor do golpe. No inquérito das manifestações bolsonaristas daquele ano em Brasília (DF), o STF tornou mais de 500 réus.

No inquérito da trama golpista, o Supremo tornou Bolsonaro réu em março. Depois foi instaurada a ação penal de fato, para a realização de audiências e outras atividades relacionadas à investigação, como, por exemplo, depoimento das testemunhas de acusação e testemunhas de defesa.

O STF tornou 31 réus acusados de envolvimento na trama golpista. Entre eles estão ex-ministros do governo bolsonarista como Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Braga Netto (Casa Civil), Paulo Sergio de Oliveira (Defesa) e Alexandre Ramagem, atual deputado federal pelo PL-RJ e ex-diretor da Abin - Agência Brasileira de Inteligência.

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