Cláudio Castro diz que mortos não são vítimas da chacina, e sim os policiais
O governador afirmou que se "solidariza com os quatro guerreiros", em referência aos agentes mortos após a operação policial mais letal da história do Rio
247 - O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, afirmou nesta quarta-feira (29), em coletiva de imprensa, que as "verdadeiras vítimas [da megaoperação] foram os policiais". A ação policial ocorreu nos complexos da Penha e do Alemão, zona norte do município do Rio.
De acordo com o Executivo estadual, a ação policial mais letal da história do estado deixou 121 mortos, sendo quatro policiais. O governador destacou que se "solidariza com os quatro guerreiros".
A Procuradoria-Geral da República, chefiada por Paulo Gonet, pediu ao Supremo Tribunal que determine ao governo do Rio de Janeiro a prestação de 11 esclarecimentos solicitados pela PGR. O Ministério da Justiça e Segurança Pública, comandado por Ricardo Lewandowski, detalhou como a pasta ajuda o governo do Rio na operação.
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, afirmou que a prefeitura continuará trabalhando “com autoridade, comando e firmeza” para proteger a população e manter os serviços funcionando.
No Congresso Nacional, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), determinou nesta terça (29) a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado, após a chacina no Rio.
A Organização das Nações Unidas (ONU) e outras entidades fizeram críticas à maneira como aconteceu a operação policial contra a facção criminosa Comando Vermelho (CV), que nasceu no estado na década de 70. Atualmente, o CV conta com forte poderio econômico e tem ramificações em mais de 20 estados brasileiros.


