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Ricardo Cappelli defende frente ampla e critica retrocessos bolsonaristas em entrevista

Presidente da ABDI e pré-candidato ao governo do DF fala sobre alianças políticas, segurança pública e desafios da capital federal

Ricardo Cappelli defende frente ampla e critica retrocessos bolsonaristas em entrevista (Foto: Log Produções)

247 – O presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Ricardo Cappelli, que se coloca como pré-candidato ao governo do Distrito Federal, concedeu entrevista ao Correio Braziliense neste domingo (21). Na conversa, ele reafirmou sua defesa de uma frente ampla popular e democrática, destacou críticas ao legado do bolsonarismo e expôs sua visão sobre segurança pública, alianças políticas e o futuro de Brasília.

Cappelli defendeu a construção de uma ampla coalizão que una setores progressistas contra o que chamou de “onda destrutiva” da extrema-direita. Segundo ele, é preciso superar divisões e priorizar a luta contra retrocessos democráticos e sociais. “Defendo a formação de uma frente ampla popular e democrática”, afirmou, ressaltando que seu campo político precisa caminhar junto ao PT, PCdoB, PSB e outras forças que compartilham esse horizonte.

Segurança pública e integração com a União

Questionado sobre os desafios da segurança no DF, Cappelli rejeitou a generalização de críticas às polícias e defendeu maior integração entre os serviços locais e federais. Para ele, a atuação conjunta da Polícia Civil, da PM e da Polícia Federal deve ser prioridade em um modelo de gestão mais articulado. Ele também enfatizou a necessidade de reajuste salarial justo para as forças de segurança, sem ceder a pressões eleitorais ou corporativas.

Cappelli lembrou sua trajetória de mais de duas décadas vivendo em Brasília e destacou que esse vínculo é essencial para compreender os problemas da capital. Contou episódios de convivência nas cidades satélites, ressaltou o uso diário do transporte público e afirmou que a experiência de “ouvir muito, falar pouco e aprender” será uma marca de sua campanha. “Brasília é um espaço de contrastes, que precisa de políticas públicas à altura de sua complexidade”, disse.

Críticas ao bolsonarismo e PEC da Anistia

Na entrevista, Cappelli foi duro ao avaliar a tentativa de setores ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro de buscar anistia para envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro. Classificou a proposta como “PEC da Impunidade” e defendeu que o Brasil não pode normalizar a violência política. Para ele, o país precisa fortalecer as instituições e rejeitar qualquer tipo de conciliação que passe pela absolvição de crimes contra a democracia.

Ao ser perguntado sobre prioridades para um eventual governo, Cappelli citou investimentos em mobilidade urbana, habitação, educação e saúde, com foco em reduzir desigualdades e modernizar Brasília. Reforçou que seu objetivo é apresentar um projeto que una o desenvolvimento econômico com justiça social.

“O Distrito Federal precisa de uma gestão que combine eficiência e sensibilidade social. O futuro passa pela reconstrução da confiança da população nas instituições”, concluiu.

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