Lindbergh sobre o caso Trump-Epstein: ‘não é apenas uma narrativa, envolve vítimas reais, documentos oficiais e laços inegáveis’
O financista foi acusado de cometer pelo menos 250 abusos de meninas menores de idade e os arquivos dele têm menções ao nome do presidente americano
247 - O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), alertou nesta quinta-feira (24) para a relação que o presidente norte-americano, Donald Trump, tinha com Jeffrey Epstein. Preso em 2019, o financista foi acusado de cometer pelo menos 250 abusos de meninas menores de idade. Ele tirou a própria dentro da prisão um mês após ser detido.
“O caso não é apenas uma narrativa: envolve vítimas reais, documentos oficiais e laços inegáveis”, escreveu o parlamentar do PT na rede social X. O Departamento de Justiça informou Trump que o nome do presidente apareceu várias vezes nos arquivos relacionados a Epstein. Foi o que mostrou uma reportagem publicada nesta quarta (23).
O deputado petista continuou o seu comentário. “Por que o caso Epstein-Trump voltou com força agora?. Trump foi alertado em maio pelo próprio Departamento de Justiça que seu nome aparece várias vezes nos arquivos secretos do caso Epstein - e pouco depois, a promotora federal que investigava foi demitida. Desde então, Trump tem mergulhado em uma escalada de radicalização política, numa cruzada politicamente incorreta, com uso de falas autoritárias e símbolos nazistas como cortina de fumaça”, continuou.
Conforme destacou o parlamentar, “a pressão aumentou após novas fotos inéditas divulgadas pela CNN e publicadas pela Veja, que mostram Trump e Epstein juntos em eventos íntimos: no casamento de Trump com Marla Maples em 1993 e num desfile da Victoria’s Secret em 1999, rindo e cercados de jovens modelos”.
“As imagens reacendem o debate sobre a natureza da relação entre os dois e deles com menores de idade. Em meio a uma campanha desumana de expulsão de imigrantes e cercado por múltiplas investigações, Trump tenta conter os danos - atacando jornalistas, pressionando o Judiciário e inflamando sua base com narrativas de perseguição - o mesmo roteiro aplicado pelos golpistas e traidores no Brasil”.
Entenda

O presidente Donald Trump manteve uma relação de amizade com o controverso bilionário Jeffrey Epstein entre os anos 1990 e 2000. Apesar das acusações graves contra Epstein, o chefe da Casa Branca nunca foi investigado no caso e alega ter cortado laços com ele assim que as denúncias de exploração sexual de menores se tornaram públicas.
Epstein, condenado por crimes sexuais contra dezenas de adolescentes no início dos anos 2000, foi preso em 2019, mas cometeu suicídio na prisão um mês após sua detenção. Segundo as investigações, entre 2002 e 2005, ele pagava meninas menores de idade para realizar atos sexuais em suas propriedades, além de recrutá-las para trazer outras vítimas.
As acusações incluem relatos de que Epstein submetia jovens a abusos em sua ilha particular no Caribe, e em suas mansões em Nova York, Flórida e Novo México. Muitas vítimas afirmam ter sido forçadas a se relacionar sexualmente não apenas com ele, mas também com seus convidados influentes.
Embora Trump tenha negado qualquer envolvimento nos crimes de Epstein, a antiga proximidade entre os dois permanece como um episódio polêmico na trajetória do presidente.
❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com [email protected].
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: