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Gleisi: 'acusações do União Brasil contra o governo são infundadas'

Investigação contra Antônio Rueda, presidente do partido, gera debate entre lideranças, em meio à saída do partido do ministério

Gleisi Hoffmann (Foto: Gil Ferreira/SRI)

247 - A ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann, denunciou nesta quinta-feira (18) as acusações “infundadas e levianas” feitas pelo União Brasil, que, em nota, acusou o governo Lula (PT) de agir ilegalmente para desgastar a sigla por ter deixado os cargos de primeiro escalão.

“Repudio as acusações infundadas e levianas feitas em nota divulgada hoje pela direção do partido União Brasil. A direção do partido tem todo direito de decidir a saída de seus membros que exercem posições no governo federal”, escreveu Gleisi na rede social X. 

“Aliás, não é a primeira vez que fazem isso. O que não pode é atribuir falsamente ao governo a responsabilidade por publicações que associam o dirigente do partido a investigações sobre crimes. Isso não é verdade”.

Ao fazer acusações contra o governo, o União Brasil afirmou que existe “uso político da estrutura estatal visando desgastar a imagem da nossa principal liderança e, por consequência, enfraquecer a independência de um partido que adotou posição contrária ao atual governo”.

Saída do governo

O UB deu nesta quinta-feira um prazo de 24 horas para ministros deixarem cargos no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Atualmente, o UB conta com três ministros: Celso Sabino (Turismo), Waldez Góes (Integração Nacional) e Frederico de Siqueira (Comunicações). 

A decisão surge após o partido, assim como o PL e o Republicanos, votarem em peso pela aprovação, Câmara dos Deputados, da proposta de urgência da anistia aos golpistas do 8/1, na quarta-feira (17).

A Polícia Federal (PF) investiga a informação de que o presidente do União Brasil, o advogado Antônio Rueda, seria dono oculto de jatos executivos, que estão formalmente em nome de terceiros e de fundos de investimento. 

“Causa profunda estranheza que essas inverdades venham a público justamente poucos dias após a determinação oficial de afastamento de filiados do União Brasil de cargos ocupados no governo federal, movimento legítimo, democrático e amplamente debatido nas instâncias partidárias”, acrescentou o partido.

Rueda e a 'Carbono Oculto'

O nome do presidente do União teria aparecido nas investigações da operação Carbono Oculto, que investiga a infiltração da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) nos setores financeiro e de combustíveis.

Pelo menos 1 mil postos de combustíveis, aproximadamente, movimentaram cerca de R$ 52 bilhões, entre 2020 e 2024 em dez estados brasileiros. De acordo com as investigações, empresas formuladoras de combustível ligadas ao PCC importaram R$ 10 bilhões em nafta, hidrocarbonetos e diesel, usando dinheiro ilegal da facção. (Com informações do Metrópoles). 

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