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Aliados dizem que Do Val está em "realidade paralela" e insistem em licença médica; senador nega: "não estou doido"

Presidente do Senado, Davi Alcolumbre defende que parlamentar peça licença, ou então poderá ser afastado pelo Conselho de Ética

Marcos do Val (Foto: Waldemir Barreto - Agência Senado)

247 - O senador Marcos do Val (Podemos-ES), que cumpre medida cautelar com tornozeleira eletrônica por determinação do ministro Alexandre de Moraes, tornou-se o centro de uma crise entre o Senado Federal e o Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo Malu Gaspar, do jornal O Globo, o caso gerou preocupação no comando da Casa e levou o presidente Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) a articular uma saída para reduzir a tensão institucional.

Nos últimos dias, a estratégia discutida foi convencer Do Val a pedir licença médica sob alegação de cuidar da saúde mental. A medida, que poderia durar até 180 dias, é vista como forma de “baixar a temperatura” do embate com o STF. “Estamos discutindo algumas variáveis: licença médica, licença para interesse particular, suspensão de mandato. Por enquanto estamos negociando com ele ainda, mas sem definição”, disse um interlocutor de Alcolumbre.

Resistência e preocupações internas

Apesar da pressão, o parlamentar rejeita a proposta. “Eu vou tirar [licença saúde] para falarem que estou doido? Eu não estou doido”, afirmou Do Val. Até familiares foram procurados para interceder, sem sucesso. Nos bastidores, Alcolumbre já sinalizou que, caso o senador não aceite se afastar, poderá haver suspensão pelo Conselho de Ética.

Outro conselho dado a Do Val foi evitar viagens a Brasília e permanecer em seu estado, mantendo atividades políticas locais, mas ele também resiste. Colegas reclamam que, mesmo em reuniões sobre outros temas, o senador “só sabe falar do Xandão”, expressão usada para se referir a Moraes, o que, segundo alguns parlamentares, demonstra que ele estaria imerso em uma “realidade paralela”.

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