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Planalto espera nova reunião entre Lula e Trump em novembro

Expectativa é que o encontro para discutir as tarifas impostas aos produtos brasileiros ocorra dentro de duas semanas

Presidentes Lula e Donald Trump durante a 47ª Cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático - ASEAN em Kuala Lampur, Malásia. (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

247 - O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prepara uma reunião com representantes do governo dos Estados Unidos para as próximas duas semanas, com o objetivo de discutir as tarifas impostas pelo presidente Donald Trump aos produtos brasileiros. De acordo com o Estadão/Broadcast, o encontro deve ocorrer já na próxima semana ou, no mais tardar, na seguinte.

Comitiva terá Haddad, Mauro Vieira e Alckmin

A delegação brasileira deve incluir o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. O presidente Lula, que participa de eventos em Belém relacionados à COP-30, deverá retornar a Brasília após o dia 10 de novembro, quando o encontro deve ser definido.

As conversas entre os dois países avançaram após uma reunião entre Lula e Trump, realizada no último domingo (26), em Kuala Lumpur, na Malásia. Na ocasião, os dois mandatários concordaram em manter contato por meio de suas equipes para dar continuidade às negociações comerciais.

Brasil quer resultado ainda neste ano

Fontes do Palácio do Planalto afirmam que a prioridade é resolver a questão antes do fim do ano. O governo brasileiro considera que adiar as tratativas para 2026 poderia prejudicar exportadores nacionais e comprometer acordos estratégicos. O principal desafio é entender quais exigências Washington fará para retirar a sobretaxa de 40% aplicada aos produtos brasileiros, além da alíquota de 10% considerada inegociável por ser universal.

Pautas adicionais e ausência de temas sensíveis

Na reunião entre Lula e Trump, na Malásia, temas como comércio de etanol e plataformas digitais foram mencionados brevemente pelos estadunidenses. Assuntos relacionados a minerais críticos, terras raras e ao bloco BRICS poderão entrar na pauta futura, embora sem garantias de que as demandas dos Estados Unidos serão atendidas.

Jair Bolsonaro (PL) não foi citado em nenhum momento das conversas, o que o governo brasileiro interpreta como um sinal de que sua situação política não está mais em debate nas relações bilaterais.

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