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"Era um clima impossível", diz Bolsonaro sobre plano para matar Lula

O político da extrema-direita afirmou que a ilegalidade investigada pela PF 'está na conta do general Mario Fernandes'

Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)
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247 - Jair Bolsonaro (PL) afirmou que o “clima” para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes era “impossível”, porque eles “vivem com N seguranças”.

“Quem porventura escreveu isso aí, que se responsabilize. Isso está na conta do general Mario e, pelo que fiquei sabendo, não está lá no plano o nome dos três, dá a entender que são eles. Você vai sequestrar e envenenar? Os caras vivem com N seguranças, era um clima impossível”, disse o político da extrema-direita à CNN.

Ex-assessor da Presidência de Bolsonaro, o general Mario Fernandes chamava os três pelos codinomes Jeca, Joca e Professora, respectivamente. Era uma referência a Lula, a Geraldo Alckmin e a Moraes.

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Mario Fernandes. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Polícia Federal descobriu o plano do assassinato em novembro do ano passado. Investigadores indiciaram pelo menos 40 pessoas no inquérito da trama golpista.

Além de Mario Fernandes, entre os indiciados estão ex-ministros de Bolsonaro, como o general Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Paulo Sérgio Oliveira (Defesa), Alexandre Ramagem (ex-diretor da Agência Brasileira de Informações - Abin) e Anderson Torres (delegado da Polícia Federal e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública).

Também foram indiciados nomes como o general Mauro Cid (ex-ajudante de ordens de Bolsonaro), Valdemar Costa Neto (presidente nacional do PL) e o general Walter Souza Braga Netto. Entre as pessoas indiciadas, mais de 20 são militares.

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Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e vice-presidente Geraldo Alckmin. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Além do plano golpista, Bolsonaro foi indiciado em outras duas investigações: fraudes em cartões de vacinação e venda ilegal de joias, que, por lei, devem pertencer ao Estado brasileiro, não podendo ser incorporadas ao patrimônio pessoal.

Comandada por Paulo Gonet, a Procuradoria-Geral da República analisa os relatórios enviados pela Polícia Federal e, se optar pela denúncia, enviará o caso para julgamento no STF.

Atualmente, Bolsonaro está inelegível após decisão do Tribunal Superior Eleitoral em 2023. O motivo foram declarações golpistas em 2022, quando ele afirmou a embaixadores, em Brasília (DF), que o sistema eleitoral brasileiro não tem segurança contra fraudes.

Moraes ganha da Folha o carimbo de 'o grande censor'
Alexandre de Moraes. Foto: Nelson Jr./SCO/STF

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