Ambipar acusa bancos de realizarem vendas irregulares de ações
Controlador da Ambipar aponta irregularidades nas negociações de ações de empresas envolvidas em transações suspeitas
247 – A Ambipar acusou os bancos Bradesco e Opportunity de realizarem vendas irregulares de ações da companhia. Segundo a empresa, as negociações ocorreram sem a devida transparência, em desacordo com as normas estabelecidas pelo mercado financeiro. A informação foi divulgada pelo Brazil Stock Guide.
Em fato relevante publicado nesta sexta-feira (10), a Ambipar informa que recebeu correspondência de seu acionista controlador, Tércio Borlenghi Junior, comunicando sobre a redução de sua participação no capital social total e votante da companhia, de 73,48% para 67,68%. O fato se deve à “execução irregular de ações de emissão da companhia detidas pelo controlador, em descumprimento à medida cautelar deferida pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro”.
“Considerando a gravidade dos fatos, em evidente afronta à decisão judicial e com possíveis implicações de natureza cível e criminal, estão sendo adotadas todas as medidas legais cabíveis para reversão da situação e responsabilização dos envolvidos”, informa o comunicado.
As autoridades reguladoras ainda não se pronunciaram oficialmente sobre a acusação.
Em nota, o Opportunity afirma que: "não é credor do Fundo de Investimento em Participações (FIP) Everest e não está executando antecipadamente qualquer dívida de Tércio Borlenghi. O Opportunity é cotista, e não credor, do FIP — fundo que, por sua vez, é acionista da Ambipar. As ações detidas pelo FIP são de titularidade exclusiva do próprio fundo e não constituem garantia de qualquer espécie. A alienação de ações pelo FIP corresponde a uma venda no mercado secundário. Essa transação não afeta o caixa da Ambipar e não representa execução de dívida — seja da companhia ou de Tércio Borlenghi".


