Zelensky e Trump discutem sanções, drones e apoio militar após ataque russo a Kiev

247 - O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, afirmou nesta terça-feira (5), por meio de publicação na plataforma X, que teve uma “produtiva” conversa telefônica com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A ligação ocorreu poucos dias após um ataque russo a Kiev que deixou 31 mortos, segundo o governo ucraniano.

De acordo com Zelenskiy, o bombardeio foi citado durante a conversa. Ele também informou que tratou com Trump sobre o impacto das sanções econômicas impostas à Rússia, a colaboração dos Estados Unidos com países europeus para o fornecimento de armamentos à Ucrânia, e um possível acordo entre Washington e Kiev na área de drones.

“A economia [da Rússia] continua a declinar, e é exatamente por isso que Moscou é tão sensível a essa perspectiva e à determinação do presidente Trump”, escreveu Zelenskiy. “Isso pode mudar muita coisa.”

O presidente ucraniano acrescentou que a Ucrânia está pronta para assinar um acordo com os Estados Unidos envolvendo a produção de drones. Segundo ele, o acordo “pode ser um dos mais fortes”, mas não forneceu detalhes.

A ligação ocorreu no momento em que a Casa Branca reduziu o prazo dado à Rússia para suspender sua ofensiva militar na Ucrânia. Em 14 de julho, o presidente Trump havia anunciado um prazo de 50 dias, que expiraria em 2 de setembro. Na semana passada, o governo dos EUA antecipou esse prazo, que agora se encerra na próxima sexta-feira (9).

Caso não haja cessar-fogo, o governo dos Estados Unidos indicou que poderá aplicar sanções secundárias a países que mantêm comércio com a Rússia, especialmente no setor de energia. O objetivo, segundo Washington e aliados da Ucrânia, é limitar o financiamento à economia russa durante a guerra.

Na segunda-feira, o governo norte-americano informou que vai aumentar tarifas sobre exportações da Índia aos Estados Unidos, devido à manutenção das compras indianas de petróleo russo.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, rejeitou na semana passada a exigência de cessar-fogo feita por Washington. Ele afirmou que os objetivos militares da Rússia na Ucrânia permanecem inalterados.