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Unicamp rompe acordo com instituto israelense em protesto contra genocídio

Universidade justifica a decisão em meio a condenações generalizadas ao genocídio praticado por Israel contra o povo palestino

Crianças esperam em desespero entrega de comida em Beit Lahia, no norte da Faixa de Gaza, em meio ao genocídio cometido por Israel - 24/04/2025 (Foto: REUTERS/Mahmoud Issa)

247 - A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) anunciou nesta terça-feira (30) a rescisão unilateral de seu convênio acadêmico com o Instituto Tecnológico Technion, de Israel. O acordo previa cooperação em pesquisas, intercâmbio de docentes e mobilidade de alunos de graduação e pós-graduação.

Segundo informações publicadas pela Agência Brasil, o rompimento foi oficializado em documento no qual a Unicamp afirma que “as violações aos direitos humanos e à dignidade da população palestina se transformaram em uma constante inaceitável”. A medida reflete a posição institucional da universidade frente ao genocídio perpetrado por Israel na Faixa de Gaza.

O reitor Paulo Cesar Montagner destacou que a decisão representa uma continuidade das manifestações anteriores da Unicamp sobre o tema. “Já havíamos nos posicionado contra a situação em Gaza em duas outras oportunidades, e o rompimento reafirma nosso posicionamento contrário ao genocídio da população palestina”, declarou.

Montagner também ressaltou que a medida está em sintonia com a postura do governo brasileiro, que condena as ações de Israel na região, além de acompanhar movimentos semelhantes de universidades internacionais que criticaram a ofensiva israelense.

Impactos da decisão

O convênio mantido com o Technion incluía projetos conjuntos de pesquisa científica e tecnológica, além de parcerias para intercâmbio de professores, pesquisadores e estudantes. Com a rescisão, essas atividades estão suspensas.

A Embaixada de Israel no Brasil foi procurada para comentar a decisão, mas até o momento não emitiu posicionamento oficial. O espaço segue aberto para manifestação.

A decisão da Unicamp se insere em um cenário de crescente condenação internacional sobre o genocídio em Gaza e amplia a pressão sobre instituições que mantêm relações com organizações e centros acadêmicos israelenses.

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