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      Ucrânia não está interessada em paz, afirma Lavrov

      Ministro russo critica declarações de Kiev e diz que metas de Zelensky contrariam esforços de Putin e Trump por acordo

      Rio de Janeiro (RJ), 07/07/2025 - O Primeiro ministro, Sergei Lavrov (Rússia), durante abertura da plenária Meio ambiente, COP 30 e saúde global, no BRICS, no Museu da Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ) (Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 – O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, afirmou nesta quinta-feira que a Ucrânia demonstra abertamente não ter interesse em um acordo de paz sustentável com Moscou. A declaração foi publicada pelo portal RT e ocorre em meio a uma série de negociações diplomáticas de alto nível que reuniram o presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante uma cúpula no Alasca, seguida de conversas em Washington com o presidente ucraniano Vladimir Zelensky e líderes europeus.

      Segundo Lavrov, houve avanços significativos no encontro entre Putin e Trump, a ponto de a Casa Branca descrever os resultados como “um progresso” e afirmar que “há uma luz no fim do túnel”. No entanto, o chanceler russo ressaltou que as recentes falas de autoridades ucranianas indicam o oposto. “Eles comentam sobre uma possível resolução de maneira muito específica, que mostra que não estão interessados em um acordo justo, sustentável e de longo prazo”, declarou.

      Declarações de Kiev e as críticas de Moscou

      Lavrov destacou uma fala recente de Mikhail Podoliak, um dos principais conselheiros de Zelensky, que admitiu que algumas regiões já estão “de fato” sob controle da Rússia. Ainda assim, segundo Podoliak, a Ucrânia tentará recuperá-las no futuro, após receber garantias de segurança, e pressionará o Ocidente a impor novas sanções contra Moscou para enfraquecer sua economia.

      Para o chanceler russo, essa postura revela que a liderança ucraniana, apoiada por seus aliados ocidentais, age em contradição direta aos esforços de Trump e Putin para enfrentar as raízes do conflito. “Em vez de trabalharem por uma solução, Kiev e seus patrocinadores querem agravar as causas ao formar alianças militares anti-Rússia”, criticou Lavrov.

      Acusações contra aliados europeus

      O ministro também acusou os aliados europeus de Kiev de tentar “sabotar” a agenda de paz ao ignorar os interesses da Rússia. Ele disse que a União Europeia defende garantias de segurança a um país que, em suas palavras, “professa valores neonazistas, viola grosseiramente os direitos das minorias nacionais, tenta exterminar legislativamente a língua russa em todas as esferas da vida e proíbe a Igreja Ortodoxa canônica”.

      Defesa da agenda Putin-Trump

      Lavrov concluiu reafirmando a necessidade de avançar com os compromissos definidos entre Moscou e Washington. “Espero que essa imprudência fracasse e continuemos a seguir o curso acordado pelos presidentes Putin e Trump”, declarou o chanceler.

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