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Trump tenta salvar Netanyahu de acusações de corrupção após fim do genocídio palestino

Primeiro-ministro israelense é acusado de corrupção em três processos judiciais

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, participam de coletiva de imprensa na Casa Branca - Washington, D.C., EUA - 29/09/2025 (Foto: REUTERS/Kevin Lamarque)

247 - Durante sua recente visita ao Knesset, o parlamento israelense, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu um perdão para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, acusado de corrupção. As acusações giram em torno de presentes de luxo, incluindo charutos, champanhe e joias, recebidos por Netanyahu e sua esposa, Sara, de bilionários, em troca de favores políticos.

Segundo a AFP, Trump, conhecido por sua defesa incondicional de Netanyahu, minimizou as acusações, fazendo uma observação irônica sobre os itens envolvidos: "charutos e champanhe, quem se importa com isso?", comentou o presidente estadunidense.

Pedido de perdão

Trump, ao sugerir um perdão para Netanyahu, dirigiu-se diretamente ao presidente israelense, Isaac Herzog. "Ei, tenho uma ideia, senhor presidente. Por que o senhor não lhe dá um perdão?", disse ele, apontando para Netanyahu. "A propósito, isso não estava no discurso, como você provavelmente sabe. Mas eu gosto deste cavalheiro aqui", completou, deixando claro seu apoio a Netanyahu, apesar das investigações em curso.

Apoio contínuo a Netanyahu

O primeiro-ministro israelense é acusado em três processos judiciais, incluindo o caso envolvendo presentes de luxo. Além disso, ele é investigado por tentar negociar uma cobertura midiática mais favorável com dois meios de comunicação israelenses. Netanyahu, por sua vez, nega qualquer irregularidade e tem defendido que as acusações são politicamente motivadas, com seus aliados argumentando que se tratam de ataques à sua figura.

Durante seu governo, que iniciou em 2022, Netanyahu enfrentou uma onda de protestos devido às reformas judiciais propostas, que, segundo críticos, enfraqueceriam o sistema judicial de Israel. Os protestos diminuíram apenas após o início da guerra em Gaza. Recentemente, o presidente Herzog indicou que poderia considerar um perdão para o premiê, devido ao peso que o caso exerce sobre a sociedade israelense.

Críticas e um mandado internacional

Além das acusações locais, Netanyahu também enfrenta um mandado de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), por crimes de guerra relacionados aos ataques israelenses contra a população de Gaza. No entanto, Trump não abordou esse caso em seu discurso no Knesset, preferindo focar nas acusações internas. A administração de Trump já havia condenado o mandado e imposto sanções a membros do TPI.

Trump, por meio de sua rede social Truth Social, chamou as acusações contra Netanyahu de uma "caça às bruxas política", comparando-as com sua própria experiência com investigações nos Estados Unidos. Ele afirmou que as acusações contra Netanyahu eram parte de uma tentativa de "desacreditar" o governo israelense, um sentimento que ele compartilha com seus apoiadores, que veem a situação como uma perseguição política.

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