Lula: “Brasil não tem problema com Israel, tem problema com Netanyahu”
"Nós sabemos o papel que o povo judeu tem feito, inclusive lutando contra a atitude do Netanyahu”, disse o presidente
247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manifestou, nesta segunda-feira (13), que o Brasil não tem um problema com Israel, mas sim com o atual primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu. A declaração foi dada em meio aos recentes desenvolvimentos sobre o acordo de cessar-fogo entre Israel e o grupo Hamas, mediado pelos Estados Unidos. A trégua foi concretizada após a liberação de reféns israelenses, e o governo brasileiro se posicionou sobre o conflito envolvendo a Faixa de Gaza.
Em suas palavras, Lula enfatizou que a relação entre Brasil e Israel sempre foi de proximidade, mas deixou claro que, enquanto Netanyahu estiver à frente do governo israelense, haverá divergências. "O Brasil não tem problema com Israel, o Brasil tem problema é com Netanyahu. A hora que Netanyahu não for mais governo, não haverá nenhum problema entre o Brasil e Israel, que sempre tiveram uma relação muito boa", afirmou o presidente.
Além disso, Lula destacou que uma parte significativa da comunidade judaica no mundo não concorda com o atual conflito, uma opinião compartilhada por muitos israelenses. O petista também expressou sua satisfação com a recente pausa nas hostilidades, embora tenha ressaltado que o futuro da paz ainda é incerto. "Eu não sei se é definitivo ou não, mas eu estou feliz porque é um começo muito promissor", disse Lula. Ele ainda mencionou o papel do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que fez uma visita ao parlamento israelense, dizendo que "o fato do presidente Donald Trump ter ido ao parlamento em Israel, ter falado é muito importante".
Lula também manifestou sua expectativa de que os países que apoiaram Israel na intensificação do conflito agora se envolvam ativamente para garantir uma paz duradoura. A liberação de reféns, que fez parte do acordo de cessar-fogo, é vista como um passo positivo em direção a uma possível resolução do impasse. No entanto, a situação continua tensa, com muitos questionamentos sobre a eficácia de um cessar-fogo definitivo.


