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Trump diz que Netanyahu "não é o mais fácil de lidar"

Presidente dos Estados Unidos reafirma o fim da guerra em Gaza e destaca acordo de cessar-fogo que prevê libertação de reféns e prisioneiros

Donald Trump, presidente de Israel Isaac Herzog e premiê Benjamin Netanyahu (Foto: Evan Vucci)

247 - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi recebido com longos aplausos no Parlamento de Israel (Knesset), onde reafirmou que a guerra na Faixa de Gaza chegou ao fim. As informações são da Reuters.

Durante o discurso, Trump foi ovacionado por cerca de quatro minutos antes mesmo de ser apresentado pelo presidente da casa legislativa e descrito como “o melhor amigo que Israel já teve na Casa Branca”. Em sua fala, ele descreveu o momento como “o amanhecer histórico de um novo Oriente Médio” e acrescentou: “Isto não é apenas o fim de uma guerra, é o início de uma grande concórdia e de uma harmonia duradoura para Israel e todas as nações desta região magnífica”.

Elogios a Netanyahu

O presidente americano também destacou o papel do premiê israelense Benjamin Netanyahu, a quem chamou de “não o mais fácil de lidar”. Mas em seguida completou: “É isso que o torna grande. É isso que o torna bom. Obrigado, Bibi, excelente trabalho”.Segundo Trump, gerações futuras recordarão este dia como o marco de uma transformação positiva no Oriente Médio. O discurso chegou a ser interrompido por um parlamentar da oposição de esquerda, retirado do plenário sob aplausos. O presidente dos Estados Unidos reagiu com ironia: “Isso foi muito eficiente”.

Acordo de cessar-fogo e libertação de reféns

Trump declarou que o Hamas aceitou o plano de desarmamento para evitar novos confrontos. No entanto, Netanyahu não confirmou oficialmente o fim da campanha militar. No domingo (12), o premiê havia afirmado que a operação em Gaza ainda não terminou.

O acordo firmado prevê a libertação de quase 2 mil prisioneiros israelenses, incluindo 250 condenados à prisão perpétua. Em contrapartida, o Hamas entregou 20 reféns vivos, sequestrados em 7 de outubro de 2023. O Exército de Israel informou que todos já estão em território israelense.

O primeiro grupo de sete reféns foi libertado durante a madrugada e submetido a exames médicos antes do reencontro com familiares. Os outros 13 foram entregues à Cruz Vermelha horas depois, perto do fim do prazo estabelecido pelo cessar-fogo.

Estrutura de acolhimento e assistência médica

O governo israelense preparou uma operação de acolhimento com apoio do Ministério da Saúde e de agências de segurança. Os reféns estão sendo distribuídos entre hospitais conforme idade, condições clínicas e solicitações das famílias. A estratégia busca garantir privacidade, reabilitação emocional e tratamento adequado.

Pacientes em estado grave ou com doenças crônicas foram encaminhados para unidades de terapia intensiva, enquanto os demais seguem para enfermarias especializadas.

Gaza devastada 

Enquanto as negociações avançam, a situação humanitária na Faixa de Gaza segue crítica. Caminhões carregados de alimentos e suprimentos médicos têm entrado no enclave, onde a população enfrenta fome generalizada. Milhares de palestinos retornaram a áreas destruídas, mas três quartos dos edifícios foram atingidos pelos bombardeios.

Apesar do cessar-fogo, Israel mantém tropas em mais da metade do território. Já o braço armado do Hamas divulgou comunicado reforçando que a trégua é fruto da “resiliência do povo e da resistência”, afirmando que Israel só conseguiu recuperar seus reféns por meio da troca, não pela força militar.

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