Trump pode decidir enviar mísseis Tomahawk à Ucrânia
Presidente dos EUA reafirma intenção de fornecer armas à Ucrânia e sinaliza diálogo com Rússia
247 - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que pode conversar com a Rússia antes de decidir pelo envio de mísseis Tomahawk de fabricação americana para a Ucrânia. A declaração foi feita neste domingo (12), durante conversa com repórteres a bordo do Air Force One, enquanto seguia para compromissos no Oriente Médio.
As informações foram publicadas pela agência russa TASS, que destacou ainda a condição imposta por Trump para liberar os armamentos: a continuidade ou não da guerra em território ucraniano. “Para ser sincero, talvez eu precise falar com a Rússia sobre os Tomahawks”, disse o presidente norte-americano, acrescentando que só avançará com a entrega se o conflito “não for resolvido”.
Conversas com Kiev e Moscou
Trump revelou que discutiu o tema diretamente com o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, em uma ligação telefônica realizada no sábado (11). A fala reforça o peso da decisão sobre os mísseis, que podem alterar o equilíbrio no campo de batalha.
Do lado russo, o presidente Vladimir Putin já havia feito um alerta no início do mês. Em discurso no Valdai International Discussion Club, no dia 2 de outubro, Putin afirmou que os Tomahawks “não podem ser usados” sem o envolvimento direto de militares dos Estados Unidos, o que representaria um novo estágio de escalada entre Washington e Moscou.
Risco de deterioração das relações
Poucos dias depois, em 5 de outubro, o líder russo reiterou que a eventual decisão americana de fornecer os mísseis à Ucrânia poderia colocar em risco avanços recentes no diálogo entre os dois países. Segundo Putin, a medida teria potencial de “arruinar a tendência positiva nas relações entre a Rússia e os Estados Unidos”.
A sinalização de Donald Trump de condicionar o envio dos Tomahawks a consultas diplomáticas sugere uma tentativa de calibrar a resposta militar americana à guerra na Ucrânia diante do risco de uma escalada direta com Moscou. Até o momento, não há previsão de quando a decisão será tomada.


