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Trump instrui "ações agressivas" da CIA e do Pentágono para derrubar Maduro

Segundo reportagem do Wall Street Journal, o presidente dos EUA colocou Marco Rubio à frente da campanha para isolar e enfraquecer o governo venezuelano

Donald Trump e Nicolás Maduro (Foto: Reuters)

247 - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, instruiu a CIA e o Pentágono a adotarem medidas mais agressivas contra o governo de Nicolás Maduro, na Venezuela, segundo reportagem publicada pelo Wall Street Journal. A estratégia faz parte de uma ampla campanha de pressão liderada pelo secretário de Estado, Marco Rubio, com o objetivo de enfraquecer a gestão venezuelana e forçar a saída de Maduro do poder.

De acordo com a reportagem, o plano começou como uma operação de combate ao narcotráfico, mas foi ampliado para incluir sanções, ações de inteligência e demonstrações militares próximas ao território venezuelano. Fontes do governo citadas pelo jornal afirmam que, embora a justificativa oficial seja conter o fluxo de drogas para os Estados Unidos, a meta final é convencer Maduro de que “não há mais condições para que permaneça no poder”.

Nos últimos meses, Rubio — ex-senador pela Flórida e filho de imigrantes cubanos — consolidou-se como o principal articulador da política americana para a Venezuela. Ele coordena a campanha de pressão junto à chefe de gabinete da Casa Branca, Susie Wiles, ao procurador-geral Pamela Bondi e ao vice-chefe de gabinete Stephen Miller.

Em comunicado ao jornal, o porta-voz do Departamento de Estado, Tommy Pigott, afirmou: “O presidente é quem define nossa política externa. Cabe ao gabinete implementá-la. O secretário Rubio tem a honra de fazer parte da equipe do presidente.”

O Wall Street Journal relata que, nas últimas semanas, os Estados Unidos intensificaram operações no Caribe, com ataques a supostos traficantes e voos de bombardeiros B-52, capazes de transportar armamento nuclear, nas proximidades do litoral venezuelano. O Pentágono também deslocou navios de guerra, caças F-35B, aviões-espiões P-8 Poseidon e drones MQ-9 Reaper para a região, além de tropas de elite das forças especiais.

Trump quer 'vitória política'

Segundo autoridades americanas ouvidas pelo jornal, Trump enxerga na escalada contra Maduro uma vitória política dupla: reforçar a segurança interna, ao reduzir a entrada de drogas nos EUA, e fortalecer sua imagem de líder firme diante do “socialismo no hemisfério ocidental”. O presidente também acredita que a eventual queda do presidente veneuzleano poderia abrir novas oportunidades econômicas ligadas às vastas reservas de petróleo e minerais da Venezuela.

A procuradora-geral Pamela Bondi, uma das principais defensoras da ofensiva, dobrou em agosto a recompensa oferecida pela captura de Maduro, de US$ 25 milhões para US$ 50 milhões, acusando-o de liderar uma rede criminosa internacional. “Nicolás Maduro é um narco-terrorista e fugitivo da justiça americana que se apoia em organizações terroristas para permanecer no poder. Seu reinado não durará para sempre”, declarou Bondi por meio de um porta-voz.

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