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      Trump despreza anúncio de Macron sobre reconhecimento do Estado da Palestina

      Presidente dos Estados Unidos disse que decisão da França não tem importância e minimizou declaração de Emmanuel Macron sobre o tema

      Trump e Macron (Foto: Carlos Barria/Reuters)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, desqualificou publicamente a recente declaração do presidente francês, Emmanuel Macron, sobre a intenção de Paris de reconhecer oficialmente o Estado da Palestina. A declaração de Trump foi registrada por repórteres em Washington e publicada pela agência estatal russa TASS nesta quinta-feira (25).

      “Essa declaração não tem peso algum. Ele [Macron] é um cara muito legal. Eu gosto dele, mas essa declaração não tem peso”, afirmou Trump, rejeitando a relevância da iniciativa francesa. A fala evidencia a postura dos Estados Unidos sob sua liderança, reafirmando o alinhamento com Israel e a oposição a reconhecimentos unilaterais do Estado palestino.

      Macron havia anunciado no dia 24 de julho que a França formalizará o reconhecimento do Estado da Palestina durante a sessão de setembro da Assembleia Geral das Nações Unidas. A medida se insere em um movimento diplomático crescente na Europa, com Irlanda, Espanha e Noruega já tendo oficializado esse reconhecimento em 2024, em meio ao agravamento da crise humanitária e das tensões no Oriente Médio.

      Em resposta a esses gestos, o governo de Israel reagiu com veemência, convocando seus embaixadores em Dublin, Madri e Oslo para consultas. Além disso, os embaixadores dos três países foram chamados ao Ministério das Relações Exteriores de Israel, em Tel Aviv, em protesto.

      O reconhecimento do Estado da Palestina por parte da França, ainda que formalmente agendado para setembro, tem gerado intensa repercussão internacional. A decisão é vista por muitos países e organizações multilaterais como um passo simbólico importante na tentativa de garantir o direito dos palestinos à autodeterminação e retomar negociações por uma solução de dois Estados — estagnada há anos.

      Vale lembrar que a União Soviética, da qual a Rússia é sucessora legal, já havia reconhecido o Estado da Palestina em 1988, destacando o apoio histórico de Moscou à causa palestina.

      O posicionamento de Trump, em seu segundo mandato como presidente dos Estados Unidos, reflete uma continuidade da política norte-americana de rejeição a iniciativas unilaterais de reconhecimento da Palestina, mantendo o apoio incondicional ao governo israelense. Com isso, o debate em torno da legitimidade do Estado palestino e do papel da comunidade internacional na resolução do conflito entre Israel e Palestina segue cada vez mais polarizado.

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