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Trump critica descumprimento de cessar-fogo no Oriente Médio: "não estou feliz com Israel. Não estou feliz com o Irã"

Presidente dos EUA anunciou trégua entre os países, mas lamentou que o acordo não esteja sendo respeitado por nenhum dos lados

Donald Trump (Foto: Reuters/Brian Snyder)
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247 - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta terça-feira (24) que tanto Israel quanto o Irã descumpriram os termos do cessar-fogo anunciado na véspera. Segundo informações divulgadas pela agência Reuters, o acordo havia sido costurado com a mediação dos Estados Unidos e do Catar, e deveria ter entrado em vigor no início da manhã de hoje.

“Não estou feliz com Israel. Não estou feliz com o Irã também, mas realmente não estou feliz com Israel”, afirmou Trump, demonstrando frustração com o rumo das ações militares após o anúncio da trégua, destaca o g1, citando a agência Reuters.

A iniciativa de interromper os confrontos entre os dois países surgiu depois de uma conversa telefônica entre Trump e o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu. Um alto funcionário da Casa Branca, que falou sob condição de anonimato, afirmou que Israel concordou com a trégua desde que o Irã cessasse seus ataques. O Irã, segundo o mesmo interlocutor, teria sinalizado positivamente à proposta.

Ainda segundo a reportagem, além do presidente Trump, participaram das articulações diplomáticas o vice-presidente dos EUA, JD Vance, o secretário de Estado, Marco Rubio, e o enviado especial Steve Witkoff. As negociações envolveram contatos diretos e indiretos com autoridades iranianas.

Trump e Vance também conversaram com o emir do Catar na segunda-feira (23), após o Irã atacar uma base americana no território catariano. Segundo fontes com conhecimento das tratativas, o presidente americano pediu ao emir que convencesse o Irã a aceitar o cessar-fogo. Posteriormente, o Irã teria concordado com os termos durante um telefonema que também contou com a participação do primeiro-ministro do Catar.

Apesar do anúncio de Trump de que a guerra estaria “oficialmente encerrada” em até 24 horas, o chanceler iraniano Abbas Araqchi negou que tenha havido qualquer acordo para suspender as hostilidades.

Trump publicou em suas redes que os dois países encerrariam nas próximas horas as operações militares em andamento, dando fim ao conflito que se estendeu por doze dias. “Partindo do princípio de que tudo funcionará como deve, o que acontecerá, gostaria de parabenizar ambos os países, Israel e Irã, por terem a Resistência, Coragem e Inteligência para encerrar o que deve ser chamado de A GUERRA DE 12 DIAS”, escreveu.

O confronto teve início em 13 de junho, quando Israel realizou uma ofensiva preventiva com o objetivo de impedir o avanço do programa nuclear iraniano. O saldo até agora é de dezenas de mortos e milhares de feridos, a maioria civis, segundo dados divulgados por autoridades de ambos os lados.

Durante o conflito, Israel lançou ataques a instalações militares e nucleares no Irã. Teerã retaliou bombardeando cidades como Tel Aviv, Haifa e Jerusalém. O governo de Netanyahu justificou a ofensiva com o argumento de que o Irã estaria próximo de adquirir armamento nuclear, o que representaria uma ameaça à existência de Israel.

No último fim de semana, os Estados Unidos também intervieram diretamente no conflito, atacando a usina de Fordow, uma instalação subterrânea iraniana dedicada ao enriquecimento de urânio. O ataque foi respondido nesta segunda-feira (23) com o lançamento de mísseis iranianos contra uma base militar americana no Catar.

Autoridades dos EUA e do Catar afirmaram que os projéteis foram interceptados e que não houve vítimas. A imprensa americana noticiou que o Irã avisou previamente sobre a retaliação, indicando que a ofensiva teria sido uma resposta simbólica, voltada a evitar o agravamento da crise.

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