Israel e Irã concordam com cessar-fogo mediado por Trump
O jornal The New York Times informa que a trégua foi anunciada após intensos bombardeios e ataques mútuos
247 - Israel e Irã anunciaram, na manhã desta terça-feira (24), um cessar-fogo mútuo, encerrando quase duas semanas de intensos combates que alarmaram a comunidade internacional e reacenderam o temor de um conflito em larga escala no Oriente Médio. O anúncio foi feito em comunicados separados pelos dois governos, horas depois do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmar que havia mediado o acordo.
Trump anunciou a trégua durante um pronunciamento breve, no qual deu poucos detalhes sobre os termos do entendimento. Mesmo assim, o anúncio foi suficiente para gerar reações imediatas em Tel Aviv e Teerã.
De acordo com o jornal The New York Times, o governo israelense confirmou o cessar-fogo por meio de um comunicado oficial divulgado logo após uma reunião de emergência liderada pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Na ocasião, Netanyahu se reuniu com seu gabinete, chefes militares e de segurança para avaliar a situação.
Do lado iraniano, o governo também confirmou a adesão ao cessar-fogo. , Fontes ligadas à diplomacia de Teerã classificaram o acordo como "um passo necessário para conter a escalada artificial criada pelos sionistas e seus aliados".
Cenário de incerteza
Apesar do cessar-fogo, a situação permanece frágil. O temor de que o acordo não passe de uma trégua temporária é compartilhado por analistas internacionais, sobretudo diante da ausência de garantias concretas ou de um canal diplomático institucionalizado entre as partes.
O presidente Trump, em sua declaração, evitou mencionar compromissos formais ou eventuais negociações futuras. "Ambos os lados entenderam que o caminho da escalada não serve a ninguém", limitou-se a dizer o republicano, que explora o episódio como um trunfo eleitoral.
Nos bastidores, sabe-se que representantes do Catar e de Omã atuaram discretamente para facilitar os contatos indiretos entre israelenses e iranianos, em coordenação com Washington. No entanto, o Irã segue exigindo o fim das agressões sionistas e a retirada das tropas norte-americanas do Oriente Médio como condições para uma paz duradoura.
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