247 - O Gabinete de Segurança de Israel se reunirá nesta quinta-feira (9) às 17h (horário local, 11h em Brasília), para analisar os detalhes do acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza. A decisão será levada posteriormente ao governo completo, que deverá votar a proposta ainda nesta quinta-feira.
Segundo informou o jornal The Times of Israel, a convocação foi feita após negociações intensas envolvendo autoridades israelenses e mediadores internacionais. A expectativa é de que a reunião forneça informações atualizadas sobre os termos do acordo, antes da deliberação final pelo Conselho de Ministros.
Contexto do acordo
O cessar-fogo em discussão surge em meio a semanas de escalada de violência na região, com intensos bombardeios e confrontos entre forças israelenses e grupos armados palestinos. O objetivo das negociações é interromper os ataques e abrir espaço para tratativas humanitárias, especialmente no que diz respeito à entrada de ajuda em Gaza.
A reunião do Gabinete é vista como um passo decisivo, já que o grupo reúne ministros-chave responsáveis por decisões estratégicas do país. Após a apresentação do conteúdo do acordo, o governo pleno será convocado para votar a aprovação ou rejeição da proposta.
Próximos passos
Se o governo israelense aprovar o texto, a medida poderá representar uma pausa significativa na ofensiva militar em Gaza, abrindo caminho para negociações diplomáticas mais amplas. No entanto, autoridades de segurança alertam que a trégua dependerá também do cumprimento das condições por parte dos grupos palestinos envolvidos.
A votação desta noite é aguardada com atenção tanto em Israel quanto no cenário internacional, que acompanha os desdobramentos da crise no Oriente Médio.

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Mundo

Governo israelense decide hoje aprovação oficial do acordo de cessar-fogo em Gaza

247 - O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, manifestou apoio ao novo acordo de cessar-fogo em Gaza e destacou sua importância como um passo em direção a uma solução política definitiva.
De acordo com informações publicadas pelo The Times of Israel, Abbas ressaltou que o entendimento alcançado pode abrir caminho para a construção de uma paz duradoura e a criação de um Estado palestino com base nas fronteiras de 4 de junho de 1967.
Esperança em solução política
Em comunicado oficial, o líder palestino declarou: “O presidente expressa a esperança de que esses esforços sirvam como prelúdio para alcançar uma solução política sustentável que ponha fim à ocupação israelense e leve ao estabelecimento de um Estado palestino ao longo das fronteiras de 4 de junho de 1967”.
Agradecimento à mediação internacional
Abbas agradeceu ao atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e a todos os mediadores envolvidos, destacando sua disposição em colaborar para a consolidação do acordo. Segundo ele, o compromisso conjunto das partes será fundamental para assegurar que o cessar-fogo seja respeitado.
Compromissos imediatos
O presidente palestino também reforçou a necessidade de que o entendimento seja formalizado rapidamente, incluindo a libertação de todos os reféns e prisioneiros. Para Abbas, este é um passo indispensável para que o acordo ganhe legitimidade e credibilidade perante a comunidade internacional.

José Reinaldo

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Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestina, saúda acordo de cessar-fogo em Gaza e pede avanço rumo a Estado independente

247 - O grupo palestino Hamas aceitou um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, segundo informações divulgadas nesta quarta-feira (8) por fontes da resistência palestina ao canal libanês Al-Mayadeen e confirmadas pelo jornal israelense The Times of Israel.
De acordo com as fontes, a assinatura oficial do acordo está prevista para esta quinta-feira (9), no Egito, após meses de negociações conduzidas por mediadores egípcios, catarianos, turcos e norte-americanos.
Ainda segundo o Times of Israel, “as principais questões nas conversas foram resolvidas”, restando apenas ajustes de caráter procedimental antes da formalização do pacto.
<blockquote>“O anúncio do acordo é iminente”, disseram duas fontes envolvidas nas negociações em Cairo ao jornal israelense.</blockquote>
<h2>Contexto das negociações</h2>
As tratativas se intensificaram nas últimas semanas com o envolvimento direto de autoridades egípcias e de serviços de inteligência. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também afirmou mais cedo que “um cessar-fogo em Gaza está muito próximo”, sinalizando avanço no plano de paz proposto por Washington.
O ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan, confirmou que houve “muitos progressos” e mencionou um “espírito de otimismo” nas conversas. Segundo o Hamas, o grupo e Israel trocaram listas de prisioneiros e reféns que devem ser libertados como parte do acordo.
O plano negociado pelos mediadores inclui 20 pontos, com destaque para:
<ul>
 <li>&nbsp;Troca inicial de 48 reféns israelenses, vivos e mortos, por prisioneiros palestinos;</li>
 <li>&nbsp;Cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza após a primeira fase da troca;</li>
 <li>&nbsp;Formação de um governo de transição para Gaza, supervisionado por Donald Trump e pelo ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair;</li>
 <li>Perspectiva futura de negociação de um Estado palestino, hipótese à qual o atual governo israelense se opõe.</li>
</ul>

Guilherme Paladino

Hamas aceita acordo de cessar-fogo em Gaza, diz jornal israelense

CIDADE DO VATICANO (Reuters) - O papa Leão fez um "forte apelo" à comunidade global nesta quarta-feira para pôr fim ao conflito de quase dois anos entre Israel e o Hamas, pedindo um cessar-fogo permanente, a libertação dos reféns mantidos em Gaza e o fornecimento de ajuda humanitária.
"Mais uma vez, faço um forte apelo ... para que se possa pôr fim ao conflito na Terra Santa, que tem causado tanto terror, destruição e morte", disse o pontífice em sua audiência semanal no Vaticano.
"Imploro que todos os reféns sejam libertados, que um cessar-fogo permanente seja alcançado, que a entrada segura de ajuda humanitária seja facilitada e que a lei humanitária internacional seja totalmente respeitada", afirmou ele.
O papa não citou o nome de Israel ou do grupo militante palestino Hamas, mas disse que a lei internacional exige "a obrigação de proteger civis, proibições contra punição coletiva, uso indiscriminado da força e o deslocamento forçado da população".
Leão, o primeiro papa dos EUA, foi eleito pelos cardeais do mundo em maio para substituir o falecido papa Francisco. Ele tem demonstrado um estilo diferente de seu antecessor, geralmente preferindo falar a partir de comentários cuidadosamente preparados e raramente de improviso.
Ele também tem sido mais cauteloso em relação ao conflito entre Israel e Hamas do que Francisco, que sugeriu que a comunidade global estudasse se a campanha militar de Israel em Gaza constituía um genocídio do povo palestino, provocando críticas das autoridades israelenses.
Leão já havia pedido que Israel permitisse a entrada de mais ajuda humanitária em Gaza.
O conflito entre Israel e o Hamas começou em 7 de outubro de 2023, quando homens armados liderados pelo Hamas invadiram o sul de Israel, matando cerca de 1.200 pessoas, principalmente civis, de acordo com os registros israelenses, e fazendo 251 reféns.
Desde então, a ofensiva militar de Israel contra o Hamas matou pelo menos 62.000 palestinos, a maioria civis, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.

Papa Leão faz "forte apelo" por fim de "terror, destruição e morte" em Gaza

20 de agosto (Reuters) - O exército israelense deu os primeiros passos de uma operação planejada para tomar a Cidade de Gaza, disse o porta-voz militar israelense, brigadeiro-general Effie Defrin, na quarta-feira.
Após um confronto com o Hamas ao sul de Khan Younis, na faixa de Gaza, na quarta-feira, ele disse: "Vamos intensificar o ataque ao Hamas na Cidade de Gaza, um reduto do terror governamental e militar da organização terrorista."
"Iniciamos as operações preliminares e os primeiros estágios do ataque à Cidade de Gaza, e agora as forças da IDF estão controlando os arredores da Cidade de Gaza", disse ele.
Os militares israelenses convocaram dezenas de milhares de reservistas na quarta-feira em preparação para o esperado ataque à Cidade de Gaza, enquanto o governo israelense considerava uma nova proposta de cessar-fogo após quase dois anos de guerra .
A convocação sinaliza que Israel está prosseguindo com seu plano de tomar o maior centro urbano de Gaza, apesar das críticas internacionais a uma operação que provavelmente forçará o deslocamento de muito mais palestinos.
Mas um oficial militar informando repórteres disse que os soldados da reserva não se apresentariam para o serviço até setembro, um intervalo que dá aos mediadores algum tempo para preencher as lacunas entre o grupo militante palestino Hamas e Israel sobre os termos da trégua .
Tropas israelenses entraram em confronto na quarta-feira com mais de 15 militantes do Hamas que emergiram de poços de túneis e atacaram com tiros e mísseis antitanque perto de Khan Younis, ao sul da Cidade de Gaza, ferindo gravemente um soldado e ferindo levemente outros dois, disse uma autoridade militar israelense.
Em um comunicado, as Brigadas Al-Qassam do Hamas confirmaram a realização de um ataque contra tropas israelenses a sudeste de Khan Younis e o combate à queima-roupa com tropas israelenses. Afirmaram que um combatente se explodiu entre os soldados, causando baixas, durante um ataque que durou várias horas.
Reportagem de Howard Goller Edição de Gareth Jones e Philippa Fletcher

Luis Mauro Filho

Um soldado israelense em cima de um tanque no lado israelense da fronteira com Gaza, Israel, 20 de agosto de 2025

Israel inicia “primeiras etapas” de operação militar para tomar a Cidade de Gaza

247 - O movimento Hamas e outros movimentos da Resistência Palestina aceitaram a proposta de cessar-fogo mediada pelo Egito e pelo Catar. A informação foi divulgada inicialmente pela Al Mayadeen e confirmada pelo próprio Hamas em comunicado oficial. O texto afirma que “o movimento Hamas e as facções palestinas informaram os mediadores sobre seu acordo em aceitar a proposta entregue ontem pelo Egito e pelo Catar”.
O entendimento surge em um momento de intensa pressão internacional por um fim às hostilidades na Faixa de Gaza, devastada por meses de conflito e sob grave crise humanitária.
<h3>Termos do acordo</h3>
Segundo fontes ouvidas pela Al Mayadeen, a proposta prevê a retirada das forças israelenses de um quilômetro das áreas norte e leste da Faixa de Gaza, embora localidades como al-Shujaiyya e Beit Lahia não estejam incluídas nesta fase.No campo das trocas de prisioneiros, o Hamas se compromete a liberar dez reféns israelenses vivos em troca da libertação de 140 palestinos condenados à prisão perpétua e outros 60 com penas superiores a 15 anos, além de 1.500 palestinos detidos em Gaza. Também está previsto que, para cada corpo de prisioneiro israelense devolvido, serão entregues os restos mortais de dez palestinos. Mulheres e crianças palestinas presas deverão ser libertadas sem condições.
<h3>Ajuda humanitária e reabertura de Rafah</h3>
Outro ponto central do acordo é o envio imediato e massivo de ajuda humanitária, incluindo combustível, água e eletricidade, além da recuperação de hospitais e padarias. Equipamentos pesados para remoção de escombros também serão disponibilizados. O trabalho de distribuição ficará sob responsabilidade da ONU, de suas agências vinculadas, do Crescente Vermelho e de organizações internacionais atuantes na região.
O documento ainda prevê a reabertura da passagem de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, para o fluxo de pessoas e mercadorias nos dois sentidos, conforme acordos anteriores.
<h3>Confirmações egípcias e reação israelense</h3>
Um funcionário egípcio ouvido pela Reuters confirmou a aceitação da proposta por parte do Hamas, acrescentando que o acordo estabelece um caminho para discussões sobre um entendimento abrangente que encerre a guerra em Gaza.O assessor do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, Dmitri Gendelman, também confirmou ter recebido, via mediadores, a resposta oficial do Hamas sobre o cessar-fogo e a libertação de reféns. Segundo a Reuters, o acordo inclui uma suspensão de 60 dias das operações militares, período em que ocorrerá a troca de prisioneiros.
<h3>Paralelo com proposta dos EUA</h3>
A aceitação da mediação egípcio-catariana ocorre após a divulgação, por veículos israelenses, de outra proposta de cessar-fogo apresentada pelos Estados Unidos. Essa iniciativa previa uma retirada israelense em fases, iniciando com uma trégua de 60 dias e uma troca de prisioneiros — incluindo a libertação de mais de 1.200 palestinos, alguns com penas perpétuas.
A proposta americana também incluía a criação de uma estrutura internacional de governança para Gaza, apoiada por Washington, com foco na reconstrução da região a longo prazo.

Hamas e outros movimentos palestinos aceitam proposta de cessar-fogo mediada por Egito e Catar

247 - O Hamas confirmou que aceita a proposta de cessar-fogo na Faixa de Gaza apresentada por Egito e Catar, informando oficialmente os mediadores. A movimentação ocorre em meio a negociações intensas no Cairo e pode abrir caminho para uma pausa significativa nos combates e para trocas de prisioneiros e reféns. As informações são da Sputnik.
De acordo com relatos publicados nesta segunda-feira por veículos internacionais, a proposta mediada por Egito e Catar prevê uma trégua de cerca de 60 dias, com libertação escalonada de reféns em Gaza e soltura de palestinos presos por Israel, além de aumento do fluxo de ajuda humanitária ao território. Israel ainda precisa dar uma resposta formal ao plano.
O movimento Hamas e as facções palestinas informaram aos mediadores seu acordo em aceitar a proposta entregue ontem por Egito e Catar”, diz o comunicado do grupo.

Otávio Rosso

Palestinos observam pacotes de ajuda lançados de avião sobre Gaza, na Cidade de Gaza, em 8 de agosto de 2025

Hamas confirma acordo para aceitar proposta de cessar-fogo em Gaza

247 - Na noite desta sexta-feira (15), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, concederam uma entrevista coletiva conjunta em Anchorage, no Alasca, após duas horas de negociações. Ambos destacaram avanços relevantes nas conversas, embora não tenham anunciado um acordo definitivo para encerrar a guerra na Ucrânia.
Trump classificou o encontro como “extremamente produtivo” e afirmou que há uma “boa chance de chegar lá” em relação a um entendimento sobre o conflito. Segundo o presidente norte-americano, a maioria dos pontos já foi acordada, restando “apenas alguns poucos”, sendo um deles “provavelmente o mais significativo”.
&nbsp;“Nós realmente fizemos um grande progresso hoje. Sempre tive uma relação fantástica com o presidente Putin, com Vladimir", afirmou. "Tivemos uma reunião extremamente produtiva, e muitos pontos foram acertados. Restaram apenas alguns. Alguns não são tão significativos. Um é provavelmente o mais significativo, mas temos boas chances de chegar lá".
Trump disse ainda que pretende compartilhar os resultados da reunião com líderes da OTAN e com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, antes de qualquer definição.
<h2>Putin fala em “virar a página” nas relações com os EUA</h2>
Putin declarou que Moscou tem um “interesse genuíno” em encerrar o conflito e pediu que Kiev “não atrapalhe o progresso emergente”. O líder russo chamou a guerra de “tragédia e grande dor para a Rússia” e manifestou disposição para ampliar a cooperação bilateral em áreas como comércio, energia, tecnologia e espaço.
&nbsp;“Está na hora de virar a página e restabelecer nossas relações”, afirmou Putin, sugerindo que o próximo encontro com Trump seja em Moscou.
A proposta recebeu uma resposta bem-humorada do presidente dos EUA, que reconheceu que poderia ser criticado, mas não descartou a possibilidade: “Consigo ver isso acontecendo.”
<h2>Guerra segue sem trégua</h2>
Apesar do otimismo, não houve anúncio de cessar-fogo imediato. Trump reiterou que quer “ver a matança parar” e indicou que a Europa e Zelensky participarão dos próximos passos.
O encontro foi classificado pela Casa Branca como “histórico” e pelo Kremlin como uma reunião com “grande chance de sucesso”, mas o desfecho das tratativas dependerá das próximas rodadas de diálogo.

O presidente dos EUA, Trump, se encontra com o presidente russo, Putin, no Alasca

Trump destaca "grande progresso" após reunião com Putin e vê "boas chances de chegar a acordo" sobre Ucrânia

247 – O governo dos Estados Unidos anunciou, nesta quinta-feira (24), a retirada de sua equipe de negociação do Catar e a suspensão das conversas por um cessar-fogo em Gaza. A decisão ocorre após o Hamas apresentar uma resposta que, segundo Washington, demonstra falta de "boa-fé".
O comunicado foi feito por Steve Witkoff, enviado especial dos EUA para o Oriente Médio, que afirmou que o grupo palestino não mostrou disposição real para alcançar um acordo. “É uma pena que o Hamas tenha agido de forma tão egoísta”, declarou.
Na véspera, o Hamas havia anunciado que respondeu a uma proposta de trégua de 60 dias. Apesar do esforço dos mediadores, Witkoff afirmou que o grupo “não parece estar coordenado”.
O diplomata norte-americano disse ainda que os EUA agora avaliam “opções alternativas” para repatriar os reféns que seguem em poder do Hamas e buscar maior estabilidade para a população de Gaza — sem detalhar quais seriam essas alternativas.

Bianca Penteado

EUA suspendem negociações de cessar-fogo em Gaza e acusam Hamas de não agir de "boa-fé"

247 - O enviado especial dos EUA para o Oriente Médio, Steve Witkoff, deve viajar a Doha ainda esta semana para finalizar um acordo de cessar-fogo em Gaza e libertação de prisioneiros entre Israel e o Hamas, segundo uma fonte envolvida nas negociações.
Inicialmente, o Departamento de Estado afirmou que Witkoff já estava a caminho da região, mas a fonte esclareceu que ele ainda não partiu e só seguirá para o Catar se houver avanços concretos nas tratativas. Antes, ele deve passar pela Europa nesta quarta-feira (23).
Os pontos em discussão são a libertação de 10 prisioneiros vivos e 18 corpos de israelenses mortos, a soltura de um número indefinido de prisioneiros palestinos e um cessar-fogo temporário de 60 dias, durante o qual seriam negociados termos para um acordo permanente e a libertação dos 22 reféns restantes (dos quais cerca de 10 ainda estão vivos).
O Hamas ainda não respondeu à última proposta, apesar de mediadores terem demonstrado otimismo na semana passada.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu se reuniu com a equipe de negociação israelense em Doha para avaliar o cenário.
A presença de Witkoff em Doha é uma tentativa de dar um sinal de que o acordo está próximo, já que ele só costuma entrar em cena nas etapas finais. As negociações, mediadas pelo Catar, Egito e EUA, continuam em andamento desde 6 de julho, mas enfrentam obstáculos devido às imposições de Israel. O Hamas, por sua vez, exige que o cessar-fogo seja permanente.

Enviado de Trump deve viajar a Doha em nova tentativa de acordo entre Israel e Hamas

Reuters - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, está pronto para avançar em direção a um acordo de paz para a Ucrânia, mas o principal objetivo de Moscou é atingir suas metas, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, à televisão estatal em um clipe publicado neste domingo.
Peskov disse que o mundo já está acostumado com a retórica às vezes "dura" do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mas ressaltou que Trump também havia destacado em comentários sobre a Rússia que continuaria a buscar um acordo de paz.
"O presidente Putin tem falado repetidamente de seu desejo de levar o acordo ucraniano a uma conclusão pacífica o mais rápido possível. Esse é um processo longo, que exige esforço e não é fácil", disse Peskov ao repórter Pavel Zarubin, da televisão estatal.
"O principal para nós é atingir nossos objetivos. Nossos objetivos são claros", disse Peskov.
Na segunda-feira, Trump anunciou uma postura mais dura em relação à Rússia, prometendo uma nova onda de ajuda militar à Ucrânia, incluindo sistemas de defesa antimísseis Patriot. Ele também deu à Rússia um prazo de 50 dias para concordar com um cessar-fogo ou enfrentar sanções adicionais.

Guilherme Levorato

Kremlin diz que Putin está pronto para discutir paz na Ucrânia

247 - Em meio a um cenário diplomático estagnado e diante de uma catástrofe humanitária sem precedentes na Faixa de Gaza, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, receberá nesta quarta-feira (16) o primeiro-ministro e ministro das Relações Exteriores do Catar, Muhammad bin Abdulrahman Al Thani, para um jantar formal na Casa Branca. A informação foi divulgada pelo canal Al Mayadeen, com base em agências internacionais.
A visita do dirigente catarino sinaliza a continuidade dos esforços de mediação entre a Resistência Palestina e o governo de Israel. No entanto, os últimos dias foram marcados por retrocessos significativos nas negociações. Segundo fontes americanas, o ponto de maior tensão segue sendo a exigência israelense de manter forças militares ocupando mais de um terço do território de Gaza durante os 60 dias de cessar-fogo propostos.
Apesar do discurso otimista de Trump, que afirmou recentemente acreditar na possibilidade de um acordo, as conversas mais recentes emperraram. De acordo com diplomatas envolvidos, ainda há “lacunas importantes” entre as posições das partes. Mais cedo, Trump também deve se reunir com o rei e o príncipe herdeiro do Bahrein, numa tentativa de ampliar a pressão regional por uma saída negociada.
Fontes palestinas que acompanham as negociações relataram que Israel está tentando impor o chamado “mapa de redistribuição”, o qual permitiria ao exército israelense manter presença militar em zonas estratégicas de Gaza — incluindo o sul de Rafah e partes do norte e leste do território. Esse plano, segundo os palestinos, forçaria centenas de milhares de civis deslocados a se concentrarem em uma pequena faixa de terra próxima à fronteira com o Egito.
Uma fonte da delegação palestina afirmou que “as negociações em Doha estão enfrentando um revés e dificuldades complexas devido à insistência de Israel, desde sexta-feira, em apresentar um mapa de retirada que na verdade é um mapa de redistribuição e reposicionamento do exército israelense, em vez de uma retirada genuína”.
O Hamas rejeitou os mapas propostos. “A delegação do Hamas não aceitará os mapas israelenses... pois eles essencialmente legitimam a reocupação de aproximadamente metade da Faixa de Gaza e transformam Gaza em zonas isoladas, sem travessias ou liberdade de movimento”, declarou uma fonte próxima ao grupo palestino.
Outras questões pendentes incluem o fornecimento adequado de ajuda humanitária e garantias de que a guerra será efetivamente encerrada. Uma autoridade palestina ouvida pela Reuters afirmou: “A crise pode ser resolvida com mais intervenção dos EUA”, indicando que o papel de Washington será decisivo para romper o impasse atual.
Enquanto os líderes se reúnem em jantares formais e negociações secretas, a população civil de Gaza vive uma tragédia em escala histórica. Segundo o Ministério da Saúde local, mais de 57 mil palestinos foram mortos e mais de 132 mil ficaram feridos desde o início da ofensiva israelense, em outubro de 2023.
A destruição é generalizada: cerca de 90% das residências foram danificadas ou destruídas, e quase toda a infraestrutura civil está comprometida. Hospitais, escolas e sistemas de abastecimento de água operam com recursos mínimos, enquanto 1,9 milhão de pessoas — 90% da população — encontram-se deslocadas. A maioria vive em barracas ou abrigos improvisados.
A fome também atinge níveis alarmantes. Estima-se que 470 mil pessoas enfrentam situação de fome catastrófica, com mais de um milhão em condição de emergência alimentar. O sistema de saúde opera precariamente, com metade dos hospitais funcionando parcialmente e sem suprimentos médicos básicos.
A reunião entre Trump e o premiê do Catar ocorre, assim, em um contexto de pressão internacional crescente por soluções concretas. Mas, até agora, a diplomacia norte-americana tem mostrado limitações em conter a escalada israelense e garantir alívio imediato para a população palestina.

O presidente dos EUA, Donald Trump, e o emir do Catar, Tamim bin Hamad Al Thani, participam de uma cerimônia de assinatura em Doha, Catar, em 14 de maio de 2025

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