Trump condiciona sanções à Rússia à adesão total da Otan
Presidente dos EUA defende tarifas contra a China e afirma que a guerra na Ucrânia é “de Biden e Zelensky”
247 - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que está disposto a impor duras sanções contra a Rússia, mas apenas se todos os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) concordarem em agir em conjunto. A declaração foi publicada por Trump em sua conta na rede Truth Social e repercutida pela agência russa TASS.
De acordo com o presidente norte-americano, a medida só será adotada caso os aliados da OTAN interrompam por completo a compra de petróleo russo. “Estou pronto para impor grandes sanções à Rússia quando todas as nações da OTAN concordarem e começarem a fazer o mesmo, e quando todas as nações da OTAN pararem de comprar petróleo da Rússia”, escreveu o líder americano. Ele classificou como “chocante” o fato de alguns países da aliança continuarem adquirindo petróleo de Moscou, o que, segundo ele, enfraquece a posição de negociação da aliança militar.
Trump afirmou que, em sua avaliação, a OTAN não está totalmente comprometida com a “vitória” e ressaltou que os Estados Unidos estão prontos para agir assim que houver consenso dentro da aliança. “De qualquer forma, estou pronto para ‘ir’ quando vocês estiverem. É só dizer quando”, enfatizou.
Além da questão russa, Trump pediu que os países da OTAN adotem tarifas de 50% a 100% contra a China. Ele defendeu que essa medida poderia acelerar o fim da crise ucraniana, embora as tarifas pudessem ser suspensas após um acordo de paz. “Se a OTAN fizer o que eu digo, a guerra terminará rapidamente e todas essas vidas serão salvas! Caso contrário, vocês estarão apenas desperdiçando meu tempo e o tempo, a energia e o dinheiro dos Estados Unidos”, declarou.
“A guerra de Biden e Zelensky”
O presidente dos EUA voltou a responsabilizar diretamente o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o presidente americano antecessor, Joe Biden, pela continuidade do conflito. Ele classificou a guerra como “a guerra de [Joe] Biden e [Vladimir] Zelensky”, reforçando sua crítica ao atual governo ucraniano e ao seu rival político nos Estados Unidos.
As declarações de Trump, além de exporem sua visão sobre a guerra na Ucrânia, também aumentam a pressão sobre os países da OTAN, que enfrentam dilemas internos sobre dependência energética e estratégias de contenção da Rússia.