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Trump acusa China de sabotagem econômica contra agricultores dos EUA e cogita retaliação comercial

Presidente norte-americano afirma que Pequim parou de comprar soja dos EUA de forma proposital, favorecendo produtores brasileiros

Carga de soja do Brasil com destino à China (Foto: Paulo Whitaker / Reuters)

247 – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou a China de promover uma sabotagem econômica contra os agricultores norte-americanos ao interromper deliberadamente a compra de soja do país. A declaração foi feita nesta terça-feira (14) em suas redes sociais e repercutida pelo portal RT Brasil.

Segundo Trump, a decisão de Pequim representa um ataque direto à economia agrícola dos Estados Unidos e tem o objetivo de enfraquecer os produtores norte-americanos. O presidente classificou o ato como uma forma de hostilidade econômica e afirmou que a medida beneficia diretamente o agronegócio brasileiro, já que a China tem aumentado suas importações de soja e outros produtos agrícolas do Brasil.

 “Acredito que a China, ao deixar de comprar propositalmente nossa soja e causar dificuldades para nossos produtores de soja, comete um Ato Hostil Econômico”, declarou Trump.

O líder norte-americano afirmou ainda que seu governo avalia retaliações comerciais contra Pequim. Entre as medidas em estudo, está a suspensão de importações chinesas em setores estratégicos, como o de óleo de cozinha, ressaltando que os Estados Unidos têm capacidade de produção interna suficiente.

 “Estamos considerando encerrar os negócios com a China relacionados ao óleo de cozinha e outros elementos do comércio, como forma de retaliação. Como exemplo, podemos facilmente produzir óleo de cozinha aqui, não precisamos comprá-lo da China”, concluiu o presidente.

A tensão comercial entre Washington e Pequim ganha novos contornos com essa acusação. Ao favorecer a compra de commodities brasileiras, a China reforça sua parceria com o Brasil e, ao mesmo tempo, pressiona os produtores dos Estados Unidos, que historicamente dependem fortemente do mercado chinês.

Especialistas observam que o movimento chinês consolida uma tendência de diversificação de fornecedores agrícolas, impulsionando o Brasil como principal exportador de soja do mundo — um cenário que pode redesenhar o equilíbrio comercial global nos próximos anos.

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