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      Tarifas contra o Brasil se devem a Bolsonaro e problemas internos dos EUA, afirma Putin

      Presidente russo critica o uso da política interna dos EUA como justificativa para as tarifas impostas ao Brasil

      Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante jantar oferecido pelo Presidente da Federação da Rússia, Vladimir Putin.Grande Palácio do Kremlin. (Foto: Ricardo Stuckert / PR)
      Guilherme Levorato avatar
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      247 - Em sua coletiva de imprensa no final da visita à China, o presidente russo Vladimir Putin fez uma análise contundente sobre a recente imposição de tarifas pelos Estados Unidos ao Brasil, afirmando que as medidas econômicas têm raízes nos problemas internos dos EUA, incluindo questões políticas relacionadas a Jair Bolsonaro (PL). O líder russo sugeriu que a conexão com o Brasil não se justifica com base em desequilíbrios comerciais, mas sim por motivos internos e políticos americanos.

      Em uma declaração reportada pela Sputnik Brasil, Putin questionou a lógica por trás das tarifas impostas ao Brasil, que foram aplicadas dois dias antes da data prevista, 8 de agosto, e afirmou que tais medidas são uma tentativa de desviar a atenção dos desequilíbrios internos e das tensões políticas nos Estados Unidos. “Não há disparidade nas relações econômicas entre o Brasil e os Estados Unidos. Este é o primeiro ponto. O segundo é que as tarifas foram impostas antes do prazo estipulado, e as referências à Ucrânia não têm nada a ver com isso", afirmou o presidente russo, minimizando qualquer relação entre o comércio brasileiro e o conflito no leste europeu.

      Putin apontou ainda que o real motivo para as tarifas está nos problemas políticos internos dos EUA, especialmente as relações entre o atual governo e Bolsonaro. “O que está em jogo aqui são questões internas dos Estados Unidos, e o Brasil está sendo usado como uma espécie de moeda de troca no cenário político americano”, explicou Putin.

      O presidente russo afirmou que eventuais desequilíbrios comerciais entre os dois países poderiam ser resolvidos dentro de um processo de negociação mais aprofundado. “Sim, há alguns problemas e desequilíbrios no comércio, mas em nossa opinião eles ainda precisam ser resolvidos durante o processo de negociação", afirmou.

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