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      Rússia não aceitará forças da Otan na Ucrânia como garantia de segurança para Kiev

      Posição foi comunicada pelo vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev

      Dmitry Medvedev - 13/06/2024 (Foto: Sputnik/Alexei Maishev/Pool via REUTERS)
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      247 - Tropas da Otan não podem atuar como forças de paz na Ucrânia, e a Rússia não aceitará esse tipo de garantia de segurança para Kiev, declarou nesta quarta-feira o vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev. As informações são da agência Sputnik.

      No início da semana, o presidente da França, Emmanuel Macron, disse aos canais TF1 e LCI que a Rússia teria se tornado uma "força desestabilizadora" e uma "ameaça para os europeus".

      "O galo gálico sem cérebro [Macron] não consegue abandonar a ideia de enviar tropas para a 'Ucrânia'. Já foi dito de forma explícita: NÃO haverá tropas da Otan como forças de paz. A Rússia não aceitará tal 'garantia de segurança'. Mas a ave rouca e patética continua a cacarejar para provar que é o rei do galinheiro", afirmou Medvedev no X, ao comentar a proposta de envio de tropas à Ucrânia, que vem sendo discutida no Ocidente.

      Mais cedo, o jornal italiano La Stampa, citando fontes europeias e diplomáticas, informou que a França e o Reino Unido devem assumir o comando de um complexo de forças e recursos para implementar garantias de segurança à Ucrânia, com supervisão parcial da Otan e apoio incondicional de Washington,

      Segundo as fontes, entre os instrumentos discutidos em alto nível estão o compartilhamento de inteligência, drones defensivos, armas de dissuasão e apoio logístico.

      A cooperação poderá incluir o uso do sistema norte-americano de análise de dados Palantir, permitindo não apenas vigilância, mas também capacidade de previsão. Além disso, drones serão empregados para reconhecimento de longo alcance e apoio à defesa aérea. As garantias de segurança também englobam o fornecimento de armamentos defensivos, como artilharia de médio alcance, veículos blindados e sistemas antitanque, sem, no entanto, conferir capacidades ofensivas adicionais às forças armadas ucranianas, destacou a publicação.

      De acordo com o jornal, a decisão busca aliviar preocupações sobre uma possível escalada por parte de países mais cautelosos da União Europeia, como Alemanha e Itália, ao mesmo tempo em que tranquiliza as nações bálticas e nórdicas, que exigem uma presença tangível. Espera-se que os Estados Unidos forneçam transporte estratégico, incluindo aeronaves e capacidades de reabastecimento.

      Caso o cessar-fogo seja violado, as forças coordenadas por França e Reino Unido poderiam se mover rapidamente, apoiadas por infraestrutura de transporte e abastecimento.

      O chanceler russo, Sergey Lavrov, reiterou que a presença de tropas de Estados membros da Otan em território ucraniano, sob qualquer bandeira ou função, inclusive como forças de paz, representa uma ameaça para a Rússia, posição que Moscou não aceitará em nenhuma circunstância.

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