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Reino Unido e Portugal reconhecem Estado palestino neste domingo

Anúncio desafia Israel e EUA e deve ser feito antes da Assembleia da ONU

Reino Unido e Portugal reconhecem Estado palestino neste domingo (Foto: divulgação )

247 - O Reino Unido e Portugal devem anunciar neste domingo (21) o reconhecimento oficial do Estado da Palestina, segundo a RFI, a decisão ocorre em meio à escalada da guerra na Faixa de Gaza e antecede a abertura da Assembleia Geral da ONU, em Nova York, onde cerca de dez países devem formalizar a mesma posição.Atualmente, cerca de 75% dos países-membros da ONU já reconhecem a Palestina, proclamada em 1988

A medida britânica tem peso simbólico e político, já que Londres é historicamente aliada de Israel. O primeiro-ministro Keir Starmer havia condicionado o reconhecimento a compromissos israelenses, incluindo um cessar-fogo em Gaza. Diante da intensificação da ofensiva militar israelense, Starmer decidiu antecipar o anúncio. Ele acredita que a iniciativa pode abrir caminho para negociações de paz. Já o premiê israelense Benjamin Netanyahu acusou o britânico de premiar o “terrorismo monstruoso”.

Decisão britânica e portuguesa ganha força internacional

O governo português também confirmou que formalizará o reconhecimento neste domingo. O Ministério das Relações Exteriores de Portugal destacou que a escolha se baseia nos “desenvolvimentos extremamente preocupantes do conflito, tanto em nível humanitário como pelas repetidas referências a uma possível anexação de territórios palestinos”.

Lisboa já havia sinalizado essa posição em julho, mas a deterioração da situação em Gaza acelerou a decisão. Nos últimos meses, outros países próximos de Israel também aderiram ao reconhecimento do Estado palestino.

Lisboa confirma reconhecimento e se soma a outros países

O conflito se intensificou após o ataque do grupo Hamas em outubro de 2023, que deixou mais de 1,2 mil mortos em Israel. A resposta militar de Tel Aviv já resultou em mais de 65 mil mortos palestinos, segundo o Ministério da Saúde administrado pelo Hamas em Gaza.

Esse cenário fortaleceu movimentos diplomáticos internacionais em apoio à solução de dois Estados, considerada a única saída viável para encerrar décadas de violência.

ONU debate solução de dois Estados em meio à escalada

Ainda conforme a reportagem, o vice-primeiro-ministro britânico David Lammy, que representará o Reino Unido na Assembleia da ONU, declarou que o reconhecimento é consequência da “grave expansão dos assentamentos na Cisjordânia, da violência dos colonos e da intenção de implementar projetos como o E1, que minaria seriamente a solução de dois Estados”. Lammy, porém, reforçou a necessidade de libertação dos reféns e afirmou que “não pode haver espaço algum para o Hamas”.

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