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Putin: resposta da Rússia ao possível uso de uma bomba suja pela Ucrânia será catastrófica

O líder russo classificou a atual situação na Ucrânia como uma tragédia provocada por aqueles que se recusam a aceitar as transformações globais em curso

Presidentes Vladimir Putin (Rússia) e Volodymyr Zelensky (Ucrânia) mais tropas russas em solo ucraniano ao fundo (Foto: Reuters)
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247 - "Esse pode ser o último erro que os neonazistas ucranianos cometeriam", afirmou o presidente russo, Vladimir Putin, nesta sexta-feira (20), ao comentar sobre o possível uso de uma bomba suja (artefato militar que combina explosivos convencionais com material radioativo como urânio) pela Ucrânia.

Em discurso no Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo (SPIEF), o líder russo classificou a atual situação na Ucrânia como uma tragédia provocada por aqueles que se recusam a aceitar as transformações globais em curso. Putin criticou a rejeição, por parte do Ocidente, aos apelos russos para impedir a expansão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), descrevendo essa postura como uma herança da antiga política neocolonial.

O líder russo também afirmou que Kiev se recusou a negociar com Moscou porque o Ocidente acreditava que poderia tirar proveito do conflito. Para Putin, seria benéfico que a Ucrânia retomasse os valores que nortearam sua soberania, especialmente a neutralidade em relação a blocos militares.

A doutrina nuclear da Rússia ainda prevê uma resposta equivalente a ameaças desse tipo, advertiu Putin. O presidente russo lembrou que a Ucrânia está cada vez mais perdendo sua prontidão para o combate: atualmente, o Exército atua com apenas 47% de sua força.

Já com relação à invasão ucraniana contra a região de Kursk, Putin afirmou que o ataque teve motivação política para que o regime de Vladimir Zelensky pudesse convencer os patrocinadores ocidentais a enviarem mais ajuda. "A Ucrânia perdeu mais de 76 mil pessoas na região", acrescentou o presidente russo.

Por fim, Putin comentou sobre as tensões no Oriente Médio após os ataques israelenses contra o Irã. Além de oferecer a chancelaria russa como uma possível mediadora do conflito, Putin defendeu o direito de Teerã à energia nuclear pacífica. "Apoiamos o Irã em sua luta por seus interesses legítimos, inclusive no que diz respeito ao átomo pacífico. Sempre mantivemos essa posição", declarou.

O porta-voz do Kremlin Dmitry Peskov declarou que o discurso do presidente na sessão plenária do SPIEF será "abrangente". Em particular, Putin vai falar sobre a "etapa atual de desenvolvimento da economia" da Rússia e as principais áreas de seu desenvolvimento.

O presidente da Rússia, durante o discurso, delineou os desafios que a Rússia enfrenta economicamente. De acordo com ele, apesar do difícil contexto externo, o PIB da Rússia tem crescido mais de 4% ao ano.

Na Rússia, é importante garantir que a economia entre em uma trajetória de crescimento equilibrado, ou seja, alcançar menores níveis de inflação e desemprego. A dinâmica da inflação no país está se desenvolvendo melhor do que o esperado por muitos especialistas, observou o presidente.

A Rússia deve entrar no top 20 países até 2030 pelas condições de práticas comerciais, apontou Putin durante o discurso. Putin enfatizou que é importante não só desenvolver novas soluções tecnológicas, mas também implementá-las rapidamente.

Brics vai inevitavelmente crescer

O líder russo salientou que Moscou continuará trabalhando em estreita colaboração com o Brics na infraestrutura de pagamentos.

A participação do Brics na economia global vai crescer inevitavelmente, comentou o presidente em seu discurso no Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo. A Rússia continuará a desenvolver sistemas de pagamento independentes com países do Brics, diz Putin.

O líder russo destacou que os laços dentro do Brics estão se fortalecendo em meio ao crescimento do intercâmbio comercial, acrescentando que só organizações como BRICS podem garantir o avanço da civilização mundial.

G7 vs Brics

Parcela do G7 na economia está diminuindo ano a ano, já a parcela do Brics só aumenta, afirmou Vladimir Putin no Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo. Os países ocidentais estão perdendo sua posição na economia global e a Rússia está pronta para colaborar com eles, disse o líder russo.

Além disso, a Rússia está pronta para negociar com os países que perdem sua posição na arena mundial, tendo em conta a vontade de acrescentar na mudança do mundo o caráter civilizado para que as decisões sejam equilibradas.

Entretanto, os Estados do Sul Global e Ásia vão esforçar-se para construir potencial, é inevitável, concluiu o presidente (com informações divulgadas pela Sputnik).

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