Plano de ocupação de Gaza viola direito internacional e até opinião de israelenses, diz Palestina na ONU
O secretário-geral da ONU, António Guterres, advertiu que a medida pode agravar a já catastrófica situação humanitária de milhões de palestinos
247 - O Observador Permanente do Estado da Palestina nas Nações Unidas, Riyad Mansour, afirmou neste domingo (10) que o plano de ocupação da Cidade de Gaza, aprovado pelo governo de Benjamin Netanyahu, “vai em total contradição com a vontade da comunidade internacional, o direito internacional e o sentido comum, e até mesmo contra o desejo da maioria da população de Israel, segundo pesquisas de opinião”. A declaração foi feita durante sessão na ONU e repercutida pela TeleSUR.
O gabinete israelense aprovou a proposta militar sob a justificativa de “derrotar o Hamas”, mas, na realidade, representa um projeto de ocupação permanente do norte do enclave palestino. O plano não detalha o futuro do restante da Faixa de Gaza e inclui ações como o desarmamento total do Hamas, o controle de segurança por Israel e a instalação de um governo civil alternativo que não seja liderado nem pelo Hamas nem pela Autoridade Palestina.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, advertiu que a medida “marca uma escalada perigosa” e pode agravar a já catastrófica situação humanitária de milhões de palestinos, aumentando mortes, deslocamentos forçados e destruição. O Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk, classificou a ofensiva como contrária à decisão da Corte Internacional de Justiça, que determina o fim da ocupação e a garantia do direito à autodeterminação do povo palestino.
Diversos líderes internacionais, como o primeiro-ministro britânico Keir Starmer, o chanceler holandês Caspar Veldkamp e o governo da Alemanha, que suspendeu exportações de armas passíveis de uso em Gaza, criticaram o plano. Apesar disso, em 22 meses de genocídio, a pressão internacional não resultou em medidas efetivas para conter Israel, como a interrupção de fornecimento de armamentos.
Gaza enfrenta condições cada vez mais desesperadoras: escassez extrema de alimentos e água, preços abusivos no mercado, disseminação de doenças, destruição de quase 90% das estruturas de saúde e uso da fome como arma de guerra.
❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com [email protected].
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.
Vote agora no Brasil 247 no iBest 2025
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: