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      Plano de ocupação de Gaza viola direito internacional e até opinião de israelenses, diz Palestina na ONU

      O secretário-geral da ONU, António Guterres, advertiu que a medida pode agravar a já catastrófica situação humanitária de milhões de palestinos

      Benjamin Netanyahu e Riyad Mansour (Foto: Reuters | Wafa )
      Guilherme Paladino avatar
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      247 - O Observador Permanente do Estado da Palestina nas Nações Unidas, Riyad Mansour, afirmou neste domingo (10) que o plano de ocupação da Cidade de Gaza, aprovado pelo governo de Benjamin Netanyahu, “vai em total contradição com a vontade da comunidade internacional, o direito internacional e o sentido comum, e até mesmo contra o desejo da maioria da população de Israel, segundo pesquisas de opinião”. A declaração foi feita durante sessão na ONU e repercutida pela TeleSUR.

      O gabinete israelense aprovou a proposta militar sob a justificativa de “derrotar o Hamas”, mas, na realidade, representa um projeto de ocupação permanente do norte do enclave palestino. O plano não detalha o futuro do restante da Faixa de Gaza e inclui ações como o desarmamento total do Hamas, o controle de segurança por Israel e a instalação de um governo civil alternativo que não seja liderado nem pelo Hamas nem pela Autoridade Palestina.

      O secretário-geral da ONU, António Guterres, advertiu que a medida “marca uma escalada perigosa” e pode agravar a já catastrófica situação humanitária de milhões de palestinos, aumentando mortes, deslocamentos forçados e destruição. O Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk, classificou a ofensiva como contrária à decisão da Corte Internacional de Justiça, que determina o fim da ocupação e a garantia do direito à autodeterminação do povo palestino.

      Diversos líderes internacionais, como o primeiro-ministro britânico Keir Starmer, o chanceler holandês Caspar Veldkamp e o governo da Alemanha, que suspendeu exportações de armas passíveis de uso em Gaza, criticaram o plano. Apesar disso, em 22 meses de genocídio, a pressão internacional não resultou em medidas efetivas para conter Israel, como a interrupção de fornecimento de armamentos.

      Gaza enfrenta condições cada vez mais desesperadoras: escassez extrema de alimentos e água, preços abusivos no mercado, disseminação de doenças, destruição de quase 90% das estruturas de saúde e uso da fome como arma de guerra.

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