ONU alerta que expansão militar de Israel em Gaza acarretará consequências catastróficas
Netanyahu foi criticado em meio a alertas para impacto sobre civis e reféns; China pede cessar-fogo imediato e ação da comunidade internacional
247 - Em reunião do Conselho de Segurança realizada nesta terça-feira (5), a Organização das Nações Unidas considerou “profundamente alarmantes” os relatos de que o governo de Israel pode ampliar sua ofensiva militar para toda a Faixa de Gaza. A informação é da agência Reuters, que acompanhou os debates na sede da ONU, em Nova York.
Durante o encontro, o secretário-geral adjunto da ONU para Assuntos Políticos, Miroslav Jenca, afirmou que, se confirmada, a decisão representaria uma escalada com “consequências catastróficas” para a já dramática situação humanitária no enclave palestino. “Tal medida poderia colocar ainda mais em risco as vidas dos reféns restantes em Gaza”, advertiu.
Jenca também reforçou que, segundo o direito internacional, “Gaza é e deve permanecer parte integrante do futuro Estado palestino”, em referência à solução de dois Estados, reiteradamente defendida pelas Nações Unidas.
A reunião foi convocada após a imprensa israelense noticiar que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu teria discutido com altos funcionários de segurança um novo plano para a guerra, que já se estende por quase dois anos. De acordo com os relatos, Netanyahu estaria inclinado a ordenar a tomada militar completa de Gaza.
A possível ofensiva recebeu duras críticas de representantes internacionais. O vice-embaixador da China na ONU, Geng Shuang, foi enfático: “Instamos Israel a interromper imediatamente tais ações perigosas”. Ele defendeu um cessar-fogo imediato e apelou aos países com influência na região para que “tomem medidas concretas” em favor da paz e da proteção dos civis.
O genocídio em Gaza tem provocado crescente pressão internacional por uma solução política. A ampliação da ofensiva israelense, caso confirmada, tende a aprofundar o isolamento diplomático de Tel Aviv e acirrar os apelos por sanções e responsabilização no âmbito do direito internacional humanitário.
Enquanto isso, organizações humanitárias alertam para o risco iminente de colapso dos serviços básicos em Gaza, onde milhões de palestinos vivem sob bombardeios, bloqueios e escassez de alimentos, água e medicamentos.
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