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Omã, que atua como mediador nas negociações nucleares entre Teerã e Washington, condena ataques dos EUA ao Irã

Sultanato do Golfo denuncia bombardeios como grave ameaça à estabilidade regional

O Sultanato de Omã, mediador de diálogo nuclear entre os EUA, cindena a entrada dos EUA na guerra (Foto: Reuters)

247 - O Sultanato de Omã, que atua como mediador nas negociações nucleares entre Teerã e Washington, condenou de forma enfática os recentes ataques aéreos realizados pelos Estados Unidos contra instalações localizadas em território iraniano. A informação foi divulgada nesta manhã (22) pela Agence France-Presse (AFP), com base em comunicado oficial da agência de notícias omanita.

"Omã expressa profunda preocupação, denúncia e condenação da escalada resultante dos ataques aéreos diretos lançados pelos Estados Unidos em locais na República Islâmica do Irã", afirmou o governo por meio de nota oficial. O texto também lamenta o agravamento das tensões regionais e alerta para o risco de um conflito de maiores proporções.

Ao denunciar os ataques americanos, o Sultanato de Omã envia uma mensagem clara de que ações militares unilaterais minam qualquer avanço diplomático possível.

Apesar de sua estreita aliança com potências ocidentais e de sua posição estratégica no Golfo Pérsico, Omã tem se destacado por manter canais de diálogo abertos com o Irã. Essa postura o tornou um dos poucos interlocutores capazes de transitar entre os dois lados do conflito com credibilidade.

A condenação pública dos ataques norte-americanos por parte de um aliado tradicional da diplomacia internacional, como Omã, pode ter desdobramentos significativos. Especialistas apontam que esse gesto demonstra um incômodo crescente entre países árabes com a escalada militar promovida por Washington, que pode pôr em risco não apenas o diálogo com o Irã, mas também a estabilidade de toda a região do Golfo.

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