247 - A China reiterou nesta terça-feira (24) que não deseja que as tensões entre Israel e o Irã se agravem e defendeu esforços internacionais coordenados para preservar a paz e a estabilidade no Oriente Médio. A declaração foi feita pelo porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Guo Jiakun, durante uma coletiva de imprensa em Pequim.
"A China não quer ver uma escalada das tensões entre Israel e o Irã. Estamos dispostos a trabalhar com a comunidade internacional para manter a paz e a estabilidade no Oriente Médio", afirmou o porta-voz.

Guo Jiakun, porta-voz da chancelaria chinesa

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Mundo

China propõe fim da escalada das tensões entre Israel e Irã

Em um movimento que eleva a tensão no Oriente Médio, o Irã confirmou na noite desta segunda-feira (23) um ataque com mísseis contra a base americana de Al-Udeid, no Catar, considerada o principal centro estratégico do Comando Central dos Estados Unidos na Ásia Ocidental. A ação, batizada de “Promessa de Vitória”, foi anunciada pelo comandante do Corpo de Guardiães da Revolução Islâmica (IRGC), major-general Mohammad Pakpour. A informação foi publicada originalmente pela agência iraniana Tasnim News nesta terça-feira (24).
Segundo Pakpour, o ataque foi uma resposta direta ao que classificou como “ato maligno e criminoso” por parte de Washington, que teria bombardeado recentemente três instalações nucleares no Irã. “A base estratégica americana no Catar, conhecida como o ‘coração pulsante’ do Comando Central dos EUA na Ásia Ocidental, foi atingida por nossa força de mísseis e sofreu danos consideráveis, apesar das defesas especiais e em múltiplas camadas que a protegiam”, afirmou o general.
Em seu pronunciamento, o comandante do IRGC também criticou duramente o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que tomou posse para seu segundo mandato em janeiro de 2025. “Este presidente estúpido está sacrificando a segurança dos americanos por causa do regime sionista”, declarou Pakpour, em referência ao apoio de Washington a Israel.
A advertência foi clara: “Qualquer repetição de agressão contra o Irã será respondida com ações ainda mais devastadoras, que farão os Estados Unidos se arrependerem de seus atos contra a República Islâmica e servirão como lição histórica aos agressores”, disse o general iraniano.
A base aérea de Al-Udeid, situada ao sul de Doha, capital do Catar, abriga mais de 10 mil militares norte-americanos e é um ponto nevrálgico das operações aéreas dos EUA na região. Até o momento, o Pentágono não se pronunciou oficialmente sobre o alcance dos danos ou eventuais vítimas.
O ataque agrava o cenário de confronto entre Teerã e Washington, marcado por sucessivos episódios de hostilidade e rupturas diplomáticas. Observadores internacionais alertam para o risco de uma escalada que envolva diretamente aliados regionais e comprometa ainda mais a estabilidade do Golfo Pérsico.
Com mais este episódio, cresce a preocupação de que a confrontação entre as duas potências possa ultrapassar os limites do conflito indireto, afetando a segurança global e os fluxos energéticos em uma das regiões mais sensíveis do planeta.

Redação Brasil 247

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Irã avisa que qualquer novo ataque terá resposta ainda mais agressiva

247 – Em mais um episódio de tensão crescente no Oriente Médio, Israel acusou o Irã de romper o cessar-fogo bilateral poucas horas após sua entrada em vigor. Segundo o The Times of Israel, que acompanha os desdobramentos em tempo real, Teerã disparou ao menos dois mísseis balísticos contra território israelense, em um ataque considerado uma “grave violação” por autoridades israelenses.
“Em razão da grave violação do cessar-fogo pelo regime iraniano, atacaremos com força”, afirmou o chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel (IDF), tenente-general Eyal Zamir. Os mísseis foram interceptados, mas um ataque anterior, também atribuído ao Irã, matou quatro pessoas e feriu várias outras na cidade de Beersheba, no sul de Israel.
O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, reagiu ordenando uma ofensiva imediata. “Instruí o IDF a responder com força à violação do cessar-fogo por parte do Irã, com ataques intensos contra alvos do regime no coração de Teerã”, declarou.
A ofensiva iraniana ocorre após uma série de ataques de Israel a líderes militares e instalações nucleares do Irã, incluindo centros de enriquecimento de urânio e bases de mísseis balísticos. Teerã, por sua vez, afirmou estar avaliando os danos à sua indústria nuclear e que planeja restaurar a operação desses locais. “O plano é evitar interrupções nos processos de produção e serviços”, disse o chefe do programa nuclear iraniano, Mohammad Eslami, citado pela agência Mehr.
O ataque de hoje não foi o primeiro movimento de retaliação de Teerã. Desde o início do conflito, o Irã já lançou cerca de 550 mísseis balísticos e mil drones contra Israel, resultando em 28 mortes e milhares de feridos, segundo autoridades de saúde israelenses. Alguns dos alvos atingidos incluem prédios residenciais, uma universidade e um hospital.
A ruptura do cessar-fogo causou forte reação também no campo político. “Teerã vai tremer”, publicou o ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, membro do gabinete de segurança do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Parlamentares da oposição, como Avigdor Liberman, também exigiram uma resposta imediata: “Três horas e meia após o anúncio do presidente dos EUA sobre o cessar-fogo, o Irã dispara contra o norte de Israel. Não podemos ignorar”, escreveu.
Outros parlamentares pediram ataques com “força total” a símbolos do regime iraniano. “Qualquer violação será respondida de forma apropriada”, afirmou Tali Gotliv, do Likud.
No norte de Israel, sirenes voltaram a soar com novos lançamentos detectados pelo IDF. A população chegou a ser instruída a buscar abrigo, mas, posteriormente, o Comando da Frente Interna autorizou a saída dos abrigos.
Enquanto isso, em Gaza, autoridades controladas pelo Hamas afirmaram que 21 pessoas foram mortas por fogo israelense próximo a um ponto de distribuição de ajuda humanitária. O IDF não se pronunciou sobre o caso, ocorrido em uma zona que havia sido previamente designada como área militar fechada entre 18h e 6h.
A continuidade do conflito deixa em suspenso qualquer esperança de estabilidade imediata na região. A promessa de retaliação "no coração de Teerã" marca uma nova escalada que pode comprometer futuros esforços diplomáticos.

Israel Katz em Jerusalém
 7/11/2024    REUTERS/Ronen Zvulun

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Israel acusa Irã de violar o 'cessar-fogo' e Katz ordena resposta no 'coração de Teerã'

247 - Em meio à já delicada situação no Oriente Médio, o governo de Israel afirmou nesta terça-feira (24) que está pronto para retomar os ataques contra o Irã, sob a alegação de que Teerã violou o cessar-fogo anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, informa a Reuters.
Segundo o ministro da Defesa israelense, Israel Katz, mísseis teriam sido lançados do território iraniano em direção a Israel, o que, segundo ele, configuraria uma “violação flagrante” do acordo de trégua.
“Instrui o exército israelense a responder vigorosamente à violação do cessar-fogo pelo Irã com ataques de alta intensidade contra alvos do regime no coração de Teerã”, declarou Katz em pronunciamento oficial.

Israel Katz, ministro da Defesa de Israel 
7/11/2024    REUTERS/Ronen Zvulun

Israel alega que Irã violou cessar-fogo e ameaça retomar ataques

247 - Reportagem divulgada nesta terça-feira (24) pela agência Reuters informa que o governo de Israel confirmou que aceitou a proposta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para um cessar-fogo com o Irã. A trégua ocorre após uma escalada de tensão que envolveu ataques israelenses a instalações nucleares iranianas e o lançamento de mísseis por Teerã.
Segundo comunicado divulgado pelo gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, Israel considera que atingiu seus objetivos ao "remover a ameaça nuclear e de mísseis balísticos" proveniente do Irã. "Israel agradece ao presidente Trump e aos Estados Unidos por seu apoio à defesa e sua participação na eliminação da ameaça nuclear iraniana", afirma o texto oficial.
O presidente dos EUA declarou que o acordo está em vigor e apelou a ambos os lados para que não o violem. A trégua foi firmada poucas horas depois de o Irã ter lançado mísseis contra Israel, deixando pelo menos quatro mortos, segundo informações do serviço de ambulância israelense.
A proposta de cessar-fogo surge em meio a fortes pressões internacionais por contenção e diálogo, diante do temor de que o confronto possa se transformar em uma guerra de maiores proporções no Oriente Médio.&nbsp;

José Reinaldo

Israel aceita proposta de Trump para cessar-fogo com o Irã

247 - Israel e Irã anunciaram, na manhã desta terça-feira (24), um cessar-fogo mútuo, encerrando quase duas semanas de intensos combates que alarmaram a comunidade internacional e reacenderam o temor de um conflito em larga escala no Oriente Médio. O anúncio foi feito em comunicados separados pelos dois governos, horas depois do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmar que havia mediado o acordo.
Trump anunciou a trégua durante um pronunciamento breve, no qual deu poucos detalhes sobre os termos do entendimento. Mesmo assim, o anúncio foi suficiente para gerar reações imediatas em Tel Aviv e Teerã.
De acordo com o jornal The New York Times, o governo israelense confirmou o cessar-fogo por meio de um comunicado oficial divulgado logo após uma reunião de emergência liderada pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Na ocasião, Netanyahu se reuniu com seu gabinete, chefes militares e de segurança para avaliar a situação.
Do lado iraniano, o governo também confirmou a adesão ao cessar-fogo. , Fontes ligadas à diplomacia de Teerã classificaram o acordo como "um passo necessário para conter a escalada artificial criada pelos sionistas e seus aliados".
Cenário de incerteza
Apesar do cessar-fogo, a situação permanece frágil. O temor de que o acordo não passe de uma trégua temporária é compartilhado por analistas internacionais, sobretudo diante da ausência de garantias concretas ou de um canal diplomático institucionalizado entre as partes.
O presidente Trump, em sua declaração, evitou mencionar compromissos formais ou eventuais negociações futuras. "Ambos os lados entenderam que o caminho da escalada não serve a ninguém", limitou-se a dizer o republicano, que explora o episódio como um trunfo eleitoral.
Nos bastidores, sabe-se que representantes do Catar e de Omã atuaram discretamente para facilitar os contatos indiretos entre israelenses e iranianos, em coordenação com Washington. No entanto, o Irã segue exigindo o fim das agressões sionistas e a retirada das tropas norte-americanas do Oriente Médio como condições para uma paz duradoura.&nbsp;

Israel e Irã concordam com cessar-fogo mediado por Trump

247 - O Irã lançou seis ondas de mísseis contra alvos israelenses, deixando quatro mortos na cidade de Bersheba, no sul de Israel. As informações foram confirmadas pelo serviço nacional de ambulâncias israelense.&nbsp;
Reportagem da Reuters destaca que Teerã disparou sua última rodada de mísseis pouco antes do cessar-fogo ser anunciado. A ofensiva iraniana veio como resposta aos ataques americanos do fim de semana, quando bombardeiros dos EUA lançaram mísseis destrutores de bunkers sobre instalações nucleares subterrâneas no Irã.&nbsp;
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, confirmou que Israel aceitou a proposta de cessar-fogo intermediada por Trump. Em nota oficial divulgada por seu gabinete, Netanyahu afirmou que Tel Aviv atingiu seus principais objetivos militares na operação. "Removemos a ameaça nuclear e de mísseis balísticos do Irã", declarou o premiê. Ele também agradeceu ao presidente americano pelo apoio e advertiu que "qualquer violação do cessar-fogo será respondida com firmeza".
Os detalhes das negociações foram revelados por um alto funcionário da Casa Branca, sob condição de anonimato. Segundo ele, Trump conduziu conversas diretas com Netanyahu na segunda-feira (23), enquanto sua equipe, composta pelo vice-presidente JD Vance, o secretário de Estado Marco Rubio e o enviado especial Steve Witkoff, mantinha comunicações, diretas e indiretas, com autoridades iranianas.&nbsp;
Ainda segundo a fonte, o Irã sinalizou que não faria novos ataques caso Israel também suspendesse suas ações militares. A confirmação oficial por parte de Teerã, no entanto, veio acompanhada de uma condição. O ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araqchi, declarou que o Irã só cessaria as hostilidades caso Israel interrompesse sua "agressão ilegal" contra o povo iraniano até as 4h da manhã, no horário de Teerã.&nbsp;
“Se Israel parar com seus ataques até o prazo estabelecido, não teremos intenção de continuar nossa resposta”, disse Araqchi na manhã desta terça-feira (24).
Trump utilizou sua rede social Truth Social para anunciar o acordo, descrevendo-o como um "cessar-fogo completo" para encerrar o conflito, que já durava 12 dias. Segundo o presidente americano, o entendimento foi estabelecido de forma gradual, permitindo que as partes concluíssem as "missões em andamento" antes da entrada formal do cessar-fogo.&nbsp;
Mesmo após o anúncio, testemunhas relataram explosões em Tel Aviv e Bersheba, evidenciando a complexidade da situação e a dificuldade de implementação imediata do acordo.&nbsp;
O Irã também atacou, na segunda-feira, a base aérea americana de Al Udeid, no Catar, um dos principais centros militares dos EUA na região. O ataque, porém, não deixou vítimas, segundo informações oficiais.&nbsp;
O cessar-fogo anunciado representa, em tese, uma trégua temporária. Mas a situação segue extremamente volátil e qualquer nova ação militar pode acontecer. .
Netanyahu prometeu fazer uma nova declaração ainda hoje, o que deve indicar os próximos passos de Israel.&nbsp;

Edifícios atingidos por mísseis iranianos em Bersheba, Israel

Irã lança ondas de mísseis contra Israel, enquanto Trump reafirma que cessar-fogo vale a partir de hoje

247 - O preço do petróleo disparou nesta segunda-feira (23) em meio ao aumento das tensões no Oriente Médio, após os ataques dos Estados Unidos a instalações nucleares no Irã. As informações são da agência Sputnik Brasil.
Logo na abertura dos mercados, o barril do petróleo registrou alta de 5,7%, alcançando US$ 81,40, reflexo direto do temor de que o Irã retalie as ações norte-americanas e comprometa o fornecimento global de petróleo e gás. O país persa é um dos maiores produtores de energia da região, e qualquer instabilidade em seu território afeta diretamente o mercado internacional.
Os ataques, ordenados no sábado (21) pelo presidente dos EUA, Donald Trump, atingiram três instalações nucleares iranianas, alimentando o risco de uma escalada militar. Em resposta, o governo de Teerã afirmou que se reserva o direito de se defender, amparado pelo direito internacional.
"O Irã não ficará de braços cruzados diante das agressões dos Estados Unidos. Temos o direito de responder e defender nossa soberania", declarou um porta-voz do governo iraniano, reforçando o clima de incerteza no cenário global.
A preocupação dos investidores e analistas não é infundada. A semana passada já havia sido marcada por tensões, após Israel lançar ataques contra alvos iranianos. O Oriente Médio é responsável por cerca de um terço da produção mundial de petróleo, e qualquer escalada de conflitos na região provoca reações imediatas nos preços e nas cadeias de suprimento.
Além do preço do barril, as taxas de frete e as cotações futuras de contratos de petróleo e gás também dispararam, refletindo o receio de interrupções no transporte de combustíveis, principalmente pelo estratégico estreito de Ormuz, rota fundamental para o escoamento do petróleo do Golfo Pérsico.
Analistas internacionais alertam que, se o Irã optar por retaliar, a crise pode assumir proporções ainda maiores. “Qualquer interrupção significativa no fornecimento vinda do Irã ou de seus vizinhos terá impacto direto nos preços globais e na segurança energética mundial”, disse uma fonte do setor ouvida pela Sputnik.
Até o momento, Washington não descartou novos ataques e mantém tropas em prontidão no Oriente Médio. O Irã, por sua vez, tem buscado apoio de aliados regionais e promete uma resposta “proporcional e estratégica” aos bombardeios.

Preço do petróleo dispara após entrada dos EUA na guerra contra o Irã 

Preço do petróleo dispara com temor de retaliação iraniana após ataques dos EUA

247 - O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) se manifestou neste domingo (22) contra o ataque promovido pelos Estados Unidos contra a República Islâmica do Irã. Em <a href="https://pcdob.org.br/noticias/pcdob-condena-ataque-dos-eua-ao-ira-e-propoe-mobilizacao-em-defesa-da-paz/">nota oficial,</a> a legenda condenou a ação, classificando-a como “bárbara e ilegal” e alertou para o risco de uma grave escalada do conflito no Oriente Médio.
De acordo com o partido, o bombardeio realizado no sábado (21) viola flagrantemente o direito internacional e os princípios estabelecidos na Carta das Nações Unidas. Na avaliação dos comunistas, o episódio revela mais uma vez o caráter agressivo e imperialista da política externa conduzida pelo presidente dos EUA, Donald Trump.
“O ataque do governo Trump ao país persa, violando frontalmente todo o arcabouço legal da Carta das Nações Unidas e do direito internacional, é mais uma prova de que o imperialismo estadunidense não tem qualquer compromisso com a paz, a soberania das nações e o mínimo respeito aos preceitos diplomáticos”, afirma o texto divulgado pela Executiva Nacional do PCdoB.
O partido também contestou o argumento utilizado por Washington para justificar a ofensiva, segundo o qual o Irã estaria desenvolvendo um programa nuclear clandestino. Para os comunistas brasileiros, a justificativa lembra as falsas alegações que precederam a invasão do Iraque em 2003.
“A alegação de que os ataques visam deter um suposto programa de desenvolvimento de armas nucleares pelo Irã é da mesma lavra das fantasiosas ‘armas de destruição em massa’ que pretensamente justificaram a invasão ao Iraque em 2003. Uma falácia repetida e que já não convence nem mesmo a própria opinião pública dos EUA”, destaca a nota.
Além de condenar a agressão, o PCdoB advertiu para as graves consequências do conflito e endossou o alerta feito pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, sobre o risco de “consequências catastróficas” para o mundo caso a guerra se intensifique.

O Sultanato de Omã, mediador de diálogo nuclear entre os EUA, cindena a entrada dos EUA na guerra

PCdoB condena ataque dos EUA ao Irã

247 – O Irã reagiu com veemência aos ataques militares dos Estados Unidos contra seu complexo nuclear subterrâneo de Fordow, próximo à cidade sagrada de Qom. Segundo reportagem da agência Reuters, publicada nesta segunda-feira (23), Teerã considerou que a agressão norte-americana amplia o escopo de alvos militares legítimos para suas forças armadas. Em pronunciamento em vídeo, o porta-voz do quartel-general central das forças armadas iranianas, Ebrahim Zolfaqari, fez um alerta contundente ao presidente dos Estados Unidos: “Senhor Trump, o jogador, você pode começar esta guerra, mas nós seremos os que a terminarão”, declarou, em inglês.
A escalada militar entre Washington e Teerã teve como novo estopim o bombardeio norte-americano a três instalações nucleares iranianas, entre elas o complexo de Fordow, alvo de 75 munições guiadas de precisão, incluindo bombas anti-bunker e mais de duas dezenas de mísseis Tomahawk, conforme detalhou o general Dan Caine, chefe do Estado-Maior Conjunto dos EUA.
Imagens de satélite divulgadas após os ataques indicam severos danos à infraestrutura subterrânea da usina e às centrífugas de enriquecimento de urânio. No entanto, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) afirmou que ainda não é possível avaliar o impacto nos níveis subterrâneos e que, até o momento, não foram detectados aumentos de radiação fora da área atingida. O diretor-geral da agência, Rafael Grossi, declarou à CNN que aguarda mais informações para uma análise definitiva.
Em sua rede social Truth Social, Donald Trump — que está em seu segundo mandato na presidência dos Estados Unidos desde 2025 — comemorou os efeitos da ofensiva: “Danos monumentais foram causados a todos os locais nucleares do Irã. O maior dano ocorreu bem abaixo do nível do solo. Acerto perfeito!!!”. Em declarações anteriores, Trump havia sugerido que o Irã deveria desistir de qualquer retaliação e afirmou que ataques futuros seriam “muito maiores e muito mais fáceis”.
Teerã, por sua vez, rebateu a ameaça com ações e advertências. Uma série de mísseis foi disparada contra Israel, ferindo dezenas de pessoas e destruindo prédios em Tel Aviv, embora o Irã ainda não tenha colocado em prática suas duas principais opções de retaliação: atacar diretamente bases militares norte-americanas na região ou bloquear o Estreito de Hormuz — rota por onde passa 20% do petróleo comercializado globalmente.
Caso opte por estrangular o estreito, o impacto pode ser devastador para a economia mundial, com uma disparada nos preços do petróleo e um possível confronto direto com a Quinta Frota da Marinha dos EUA, estacionada no Bahrein.
A possibilidade de um confronto mais amplo no Oriente Médio, envolvendo diretamente as potências nucleares, acendeu o alerta internacional. O presidente iraniano Ebrahim Raisi enviou seu ministro das Relações Exteriores a Moscou para consultar o presidente Vladimir Putin. Ao mesmo tempo, os preços do petróleo já começaram a reagir: o barril do Brent subiu para US$ 78,12 e o do West Texas Intermediate foi a US$ 74,87, os maiores valores desde janeiro.
Embora Teerã negue que seu programa nuclear tenha fins militares, a ofensiva de Washington reacende temores de uma guerra prolongada e de consequências imprevisíveis. Trump, por sua vez, chegou a sugerir que os ataques poderiam resultar na queda do regime iraniano, uma insinuação que apenas agrava o cenário de confronto.
Enquanto o mundo observa apreensivo, a troca de mísseis entre Irã e Israel e as ameaças cruzadas entre Teerã e Washington configuram o momento mais tenso da geopolítica internacional desde o início do novo mandato de Trump. A advertência iraniana, ao chamar o presidente dos EUA de “jogador”, deixa claro que a retórica belicosa pode sair do campo da provocação para o da ação concreta a qualquer momento.

Iranianos protestam contra a agressão dos Estados Unidos e de Israel

Irã responde a Trump com ameaça direta: “Você pode começar esta guerra, mas nós a terminaremos”

247 - O Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz) divulgou neste domingo (22) um manifesto em que condena duramente o ataque dos Estados Unidos ao Irã e denuncia a cumplicidade do governo norte-americano com o "estado terrorista de Israel". O texto expressa preocupação com o agravamento da situação no Oriente Médio e alerta para as consequências da escalada militar liderada por Washington.
De acordo com o Cebrapaz, o ataque contra o Irã representa “um ato de extrema gravidade que constitui uma inaceitável violação à soberania nacional iraniana, uma afronta direta ao Direito Internacional e mais um capítulo da política de agressões sistemáticas promovidas pelo imperialismo estadunidense no Oriente Médio, inclusive o genocídio ao povo palestino”.
A organização afirma que a ofensiva militar estadunidense foi praticada “à revelia das instâncias multilaterais e sem qualquer respaldo legal”, revelando, segundo o manifesto, “a perigosa cumplicidade dos EUA com o Estado terrorista de Israel, que há décadas promove massacres contra o povo palestino, fomenta a instabilidade regional e viola integralmente a Carta da ONU”.
A justificativa do governo do presidente dos EUA, Donald Trump, de que o ataque visa conter o programa nuclear iraniano, é rechaçada pelo Cebrapaz, que considera tal argumento parte da estratégia de manter a política intervencionista no Oriente Médio. “A escalada militar norte-americana, sob o pretexto de destruir o programa nuclear iraniano, nada mais é do que a continuidade da política intervencionista que destrói nações, alimenta conflitos e mina os esforços internacionais pela paz”, destaca o texto.
O manifesto lembra ainda que o Irã é um país soberano, membro do BRICS e com papel relevante na geopolítica regional e global. Para o Cebrapaz, o povo iraniano “tem o direito inalienável de viver em paz, sem ser ameaçado ou atacado por potências estrangeiras”. A entidade critica a “lógica do militarismo, da hegemonia e da violência imperialista”, que, segundo o documento, coloca em risco não apenas o Oriente Médio, mas a estabilidade mundial.
Diante do atual cenário, o Cebrapaz convoca uma ampla mobilização internacional em defesa da soberania dos povos e do multilateralismo. “Conclamamos todas as forças da paz, os movimentos sociais, os partidos democráticos e progressistas, os intelectuais e os povos do mundo inteiro a se unirem em uma ampla mobilização internacional contra os ataques dos EUA e de Israel, em defesa da soberania dos povos, do multilateralismo, do respeito à Carta das Nações Unidas e da construção de uma nova ordem internacional baseada na justiça, na cooperação e na convivência pacífica entre as nações”, conclui o documento.
O manifesto finaliza com uma mensagem de esperança e resistência: “Os povos não necessitam de guerra, mas de paz!”.
A condenação do Cebrapaz soma-se às manifestações de diversos países e organizações sociais que, nas últimas horas, vêm denunciando a escalada de violência no Oriente Médio e exigindo respeito ao Direito Internacional, à soberania nacional e aos esforços diplomáticos para a solução pacífica dos conflitos.
<a href="https://cebrapaz.org.br/2025/06/22/nota-cebrapaz-condena-a-guerra-do-imperialismo-estadunidense-e-do-estado-terrorista-de-israel-contra-o-ira/">Leia a íntegra</a>

Protesto contra guerra dos EUA contra o Irã

Cebrapaz denuncia agressão dos EUA e de Israel contra o Irã

247 - O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, fez neste domingo (22) sua primeira declaração pública após os bombardeios dos Estados Unidos às principais instalações nucleares iranianas, em apoio à guerra de Israel contra o país persa. 
“O inimigo sionista cometeu um grande erro, um grande crime; deve ser punido e está sendo punido neste exato momento”, afirmou Khamenei.
A declaração do líder iraniano ocorre em meio à escalada da guerra desencadeada por Israel e os Estados Unidos no Oriente Médio. Na madrugada deste domingo (22), no horário local, os EUA, sob ordens do presidente Donald Trump, bombardearam três instalações nucleares estratégicas do Irã: Fordow, Natanz e Isfahan. As ações aconteceram após dias de especulação sobre uma possível intervenção direta de Washington no conflito.
O Exército israelense também intensificou suas ofensivas, afirmando ter atacado “alvos militares no oeste do Irã”, incluindo depósitos e pontos de lançamento de mísseis, além de instalações de satélites e radares. Segundo a imprensa iraniana, Israel ainda teria realizado bombardeios no noroeste do país. Em um desses ataques, uma ambulância foi atingida no centro do Irã, deixando pelo menos três mortos.
Segundo informações obtidas pelo jornal The New York Times, o líder supremo iraniano reforçou sua segurança e comunicação, diante das ameaças de assassinato por parte de Israel e dos Estados Unidos. 
Enquanto isso, milhões de iranianos foram às ruas nos últimos dias em protestos anti-Israel e em apoio ao governo. Em Teerã, manifestantes carregaram bandeiras do Irã e retratos de Khamenei, em demonstração de unidade nacional frente às ofensivas externas.
Diante dos fatos, é impossível ignorar a legitimidade das palavras do líder iraniano. Os bombardeios ordenados por Donald Trump representam uma violação flagrante do direito internacional, ao atacar instalações em território soberano iraniano sem aprovação do Conselho de Segurança da ONU. A retórica israelense e americana, que tenta apresentar as agressões como atos de “autodefesa” ou como um “ataque ao programa nuclear”, não resiste ao crivo jurídico e político da comunidade internacional.
Além disso, a provocação pública de Trump ao falar em “mudança de regime” expõe, sem disfarces, as reais intenções por trás da escalada: trata-se de mais um capítulo da velha política intervencionista dos EUA no Oriente Médio, com o objetivo de minar governos que resistem à hegemonia ocidental e defendem sua soberania.
O Irã, ao ser atacado, exerce seu direito legítimo de defesa e de responder às agressões de forma proporcional. Quando Khamenei afirma que o “inimigo sionista cometeu um grande erro e um grande crime”, ele verbaliza o sentimento não apenas da população iraniana, mas de inúmeros povos que assistem com indignação ao avanço da política de guerra e desestabilização promovida pelos EUA e por Israel.

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