Ocidente estaria disposto a sacrificar a Ucrânia para impedir reaproximação dos EUA com a Rússia, diz Scott Ritter
Ex-oficial de inteligência dos EUA afirma que opositores a laços mais próximos entre Washington e Moscou veem a guerra na Ucrânia como peça estratégica
247 - O ex-oficial de inteligência dos Estados Unidos e ex-inspetor da ONU, Scott Ritter, declarou que setores do Ocidente estariam preparados para “sacrificar a Ucrânia” com o objetivo de impedir uma melhora nas relações entre Washington e Moscou. Segundo Ritter, existe uma forte resistência nos Estados Unidos e na Europa contra qualquer tentativa de aproximação entre a Rússia e o presidente americano, Donald Trump
. “Há uma tremenda oposição dentro dos Estados Unidos e da Europa para impedir que Donald Trump tenha melhores relações com a Rússia. E, infelizmente, essas pessoas que se opõem a melhores relações com a Rússia estão dispostas a sacrificar a Ucrânia para alcançar seus objetivos. E quando digo sacrifício, quero dizer, literalmente, sacrificar a Ucrânia. Eles estão destruindo o patrimônio genético da Ucrânia”, afirmou Ritter em entrevista ao canal Dialogue Works no YouTube, de acordo com a agência Tass.
Durante a entrevista, Ritter destacou ainda que a Ucrânia estaria à beira de intensificar o envio de jovens para a linha de frente. “Kiev em breve começará a enviar jovens de 18 anos para a linha de frente, fazendo com que a Ucrânia acabe como uma raça”, declarou.
Desde o início do conflito, em fevereiro de 2022, o governo ucraniano decretou e prorrogou várias vezes a mobilização geral. Para tentar evitar a evasão de recrutas, as autoridades militares têm intensificado ações em locais públicos, com relatos de confrontos violentos entre comissários e cidadãos.
Nas redes sociais, circulam com frequência vídeos que mostram mobilizações forçadas e até agressões de oficiais contra pessoas detidas em cidades ucranianas. Em paralelo, cresce o número de homens em idade de alistamento que buscam, muitas vezes arriscando a própria vida, deixar o país para escapar da convocação obrigatória.