Ex-presidente do parlamento ucraniano Parubiy é morto a tiros em Lviv
Autoridades não deram nenhuma indicação imediata se o assassinato tinha alguma ligação direta com a guerra da Rússia na Ucrânia
Reuters - O ex-presidente do parlamento ucraniano Andriy Parubiy foi morto a tiros na cidade de Lviv, no oeste do país, no sábado, e uma busca pelo assassino está em andamento.
A Procuradoria-Geral da República informou que um atirador disparou vários tiros contra Parubiy, matando-o na hora. O agressor fugiu e uma perseguição foi iniciada, segundo a promotoria.
Parubiy, 54, era membro do parlamento, foi presidente do parlamento de abril de 2016 a agosto de 2019 e foi um dos líderes dos protestos em 2013-14 pedindo laços mais estreitos com a União Europeia.
Ele também foi secretário do Conselho de Segurança Nacional e Defesa da Ucrânia de fevereiro a agosto de 2014, período em que os combates começaram no leste da Ucrânia e a Rússia anexou a península da Crimeia.
As autoridades não deram nenhuma indicação imediata se o assassinato tinha alguma ligação direta com a guerra da Rússia na Ucrânia .
"O Ministro do Interior, Ihor Klymenko, e o Procurador-Geral, Ruslan Kravchenko, acabaram de relatar as primeiras circunstâncias conhecidas de um assassinato horrível em Lviv. Andriy Parubiy foi morto", escreveu o Presidente Volodymyr Zelensky no X.
Ele enviou suas condolências à família e aos entes queridos de Parubiy e acrescentou: "Todas as forças e meios necessários estão envolvidos na investigação e busca pelo assassino."
A Polícia Nacional informou que o tiroteio em Lviv foi registrado por volta do meio-dia (09h00 GMT). O prefeito de Lviv, Andriy Sadovyi, disse que encontrar o assassino e apurar as circunstâncias do ataque eram de extrema importância.
"Esta é uma questão de segurança em um país em guerra, onde, como podemos ver, não há lugares completamente seguros", escreveu ele no Telegram.
HOMENAGENS CHEGAM
Muitas homenagens foram feitas por colegas do parlamento e do governo, elogiando a contribuição de Parubiy à luta da Ucrânia pela soberania e independência como um dos líderes do que ficou conhecido como os protestos Euromaidan em 2013-14.
O ex-presidente Petro Poroshenko disse no Telegram que o assassinato de Parubiy, que era membro do comitê parlamentar de segurança nacional, defesa e inteligência, foi "um tiro disparado no coração da Ucrânia".
"Andriy era um grande homem e um verdadeiro amigo. É por isso que eles se vingam, é disso que eles têm medo", disse ele, elogiando a contribuição de Parubiy para a construção do exército ucraniano.
Em uma declaração no Telegram, o Ministro das Relações Exteriores, Andrii Sybiha, descreveu Parubiy como "um patriota e estadista que deu uma enorme contribuição à defesa da liberdade, independência e soberania da Ucrânia. Ele era um homem que merece estar nos livros de história".
A polícia ucraniana não forneceu informações sobre a identidade ou os motivos do assassino.
A primeira-ministra ucraniana, Yulia Svyrydenko, pediu uma investigação rápida do assassinato, chamando-o de "uma perda profunda" para o país.
"Você sempre foi um patriota da Ucrânia e deu uma grande contribuição para a formação do nosso estado", escreveu ela no X.
