O que já se sabe sobre o ataque dos Estados Unidos ao Irã
A ação teve como alvo três importantes instalações nucleares iranianas: Fordow, Natanz e Esfahan
247 – A agência russa TASS compilou neste sábado (22) as principais informações sobre o ataque lançado pelos Estados Unidos contra o Irã, marcando uma virada no conflito iniciado por Israel no último dia 13. O presidente Donald Trump, que está em seu segundo mandato, confirmou a ofensiva por meio da rede social Truth Social, declarando que esta é a hora da paz.
A ação teve como alvo três importantes instalações nucleares iranianas: Fordow, Natanz e Esfahan. De acordo com a agência Reuters, o ataque foi conduzido por bombardeiros B-2, equipados com bombas de penetração GBU-57, capazes de atingir estruturas subterrâneas. Trata-se do primeiro bombardeio norte-americano em solo iraniano desde 1979.
Alvos evacuados e danos contidos
Segundo analistas ouvidos pela NBC News, a ofensiva dificilmente provocará explosões nucleares ou a liberação de material radioativo em grande escala. Observadores internacionais reforçam que os alvos não continham ogivas nucleares nem reatores em operação. Fontes oficiais iranianas afirmaram que a instalação de Fordow foi evacuada previamente e não sofreu danos irreversíveis.
Após a ação militar, Donald Trump afirmou: “É tempo de paz”, chamando o momento de “histórico para os Estados Unidos da América, Israel e o mundo”. Ele também exortou o Irã a aceitar o fim da guerra e indicou que não há planos imediatos para novos ataques. De acordo com a CNN, a Casa Branca aguarda uma resposta de Teerã sobre a abertura de negociações.
Trump já havia sinalizado a possibilidade de uma ação militar contra o Irã, especialmente contra a instalação de Fordow. A decisão pela operação foi tomada após mais de uma semana de escalada militar na região.
Fracasso diplomático e reação de aliados
Antes do bombardeio, o Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, assegurou a aliados europeus — entre eles Reino Unido, França, Suécia, Itália e Chipre — que Washington ainda buscava uma saída diplomática para o conflito, segundo o Wall Street Journal. Paralelamente, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, tentou costurar uma trégua em encontros com representantes europeus em Genebra, mas sem avanços.
Nas últimas 24 horas, Israel não registrou nenhum alerta de foguetes — fato inédito desde o início do conflito. Em resposta ao ataque dos EUA, o governo israelense ampliou as restrições civis, proibindo reuniões públicas e suspendendo serviços considerados não essenciais.
Desde 13 de junho, Israel conduz uma ofensiva com o objetivo declarado de desmantelar os programas nucleares e de mísseis do Irã. Teerã respondeu com mísseis balísticos e ataques com drones. A Rússia condenou a atuação israelense e se ofereceu para mediar o conflito. No dia 19, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, alertou os EUA de que qualquer envolvimento direto poderia acarretar “consequências negativas verdadeiramente imprevisíveis”.
Cenário volátil e temor global
Apesar de o bombardeio ter sido limitado e de não haver registro de vítimas, a ação norte-americana marca um novo estágio na escalada de tensões no Oriente Médio. A entrada oficial dos Estados Unidos no conflito amplia os riscos de confrontos diretos e de instabilidade regional.
Especialistas alertam que a atual conjuntura exige esforços urgentes da diplomacia internacional. O mundo acompanha com apreensão os próximos passos do Irã, que ainda não se pronunciou oficialmente sobre possíveis retaliações ou abertura para diálogo.
❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com [email protected].
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: